A presidente Dilma Rousseff afirmou
na manhã dessa terça-feira, 9, que o Brasil está preparado para
enfrentar a crise internacional.
“Estamos preparados
para enfrentar esse aspecto mais financeiro, mas o grande
enfrentamento da crise é a afirmação do nosso mercado interno, das
oportunidades que nós mesmos somos capazes de criar aqui no Brasil”,
afirmou durante cerimônia de celebração de acordo entre a Frente
Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas e o governo federal,
referente ao aperfeiçoamento da Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas. As medidas ainda precisam passar pelo Congresso.
De
acordo com a presidente, o País conta fundamentalmente com suas
próprias forças, mas não despreza o mercado externo. “Somos
uma economia capaz de se posicionar no mercado internacional”,
avaliou. Ela salientou que a turbulência que afeta os mercados
internacionais hoje decorre da crise de 2008. Essa crise, de acordo
com Dilma, não foi bem solucionada nos países desenvolvidos. “Fomos
um País, como dizia o presidente Lula, que foi um dos últimos a
entrar em crise e um dos primeiros a sair dela”,
ressaltou.
“Hoje, somos um País mais forte ainda para
enfrentar a crise que está revolucionando as bolsas no resto do
mundo”, continuou, citando que o Brasil conta com mais divisas,
mais reservas internacionais e também reservas do compulsório em
torno de R$ 420 bilhões. Em 2008, lembrou a presidente, o
compulsório estava perto de R$ 220 bilhões.
Dilma disse
ainda que não são as empresas brasileiras que são pouco
competitivas. “O que é muito pouco competitivo é o cenário
internacional, que tem assimetrias criadas de forma artificial”,
criticou. Primeiro, segundo ela, os países desenvolvidos optaram por
criar um “mar de liquidez”, com o qual pretendem enfrentar
o baixo nível de atividade de suas economias. “Isso transforma
a competição internacional de forma perversa, uma vez que atinge a
taxa de câmbio”, considerou.
A presidente ressaltou que
essas economias centrais também têm produzido “um mar de
produtos” e procurado, assim, mercados aquecidos, como o
brasileiro. “De fato, nós somos grandes consumidores”,
avaliou. “Mas queremos preservar a classe média. Queremos
preservar esse mercado para nós”.