Os bancários da Caixa
realizam no próximo dia 4 de abril, quarta-feira da semana que vem,
um dia nacional de luta pelo registro correto da jornada de trabalho.
O Sindicato vai engrossar as manifestações, com atos em
Pernambuco.
De acordo com a secretária de Comunicação do
Sindicato, Anabele Silva, o objetivo do dia nacional de luta é
pressionar a direção da Caixa para garantir a marcação correta da
jornada e o pagamento de todas as horas extras trabalhadas. “Temos
pressionado o banco há tempos pelo respeito à jornada, inclusive já
realizamos duas reuniões este ano com a superintendência regional
para cobrar isso. Mas o problema persiste, então vamos esquentar a
mobilização dos bancários e aumentar a pressão sobre a empresa”,
diz Anabele, que é empregada da Caixa.
Além das reuniões e
negociações com o banco, o Sindicato já realizou diversos
protestos pelo respeito à jornada de trabalho na Caixa. O último
foi promovido no dia 27 de janeiro, dentro das atividades de
mobilização permanente (leia mais aqui)
Anabele destaca que,
por causa da falta de funcionários, os empregados da Caixa estão
fazendo hora extra cotidianamente. “O problema é que a Caixa não
está pagando toda hora extra e ainda obriga os bancários a descontarem o
trabalho que foi feito a mais do jeito que o banco quer. Em geral, o
gestor manda o empregado para casa mais cedo nos dias de menor
movimento. Isto é inaceitável, pois o trabalhador não tem nem o
direito de escolher o melhor momento para folgar e muito menos se
programar”, explica Anabele.
Nas últimas negociações com
o banco, a Caixa anunciou para os sindicatos que nesta segunda-feira,
dia 26, começa a adotar o login único para acesso aos sistemas
corporativos. “Esta é uma antiga reivindicação dos bancários
para coibir as fraudes no sistema de ponto eletrônico. Mas, apesar
do login único, queremos outras medidas da Caixa, como o fim das
horas negativas”, diz.
A presidenta do Sindicato, Jaqueline
Mello, que também é empregada da Caixa, diz que toda esta luta do
Sindicato pelo respeito à jornada é importante, mas, acima de tudo,
os bancários devem controlar seu horário e registrar todo trabalho
feito a mais. “Não aceite pressão do gestor para fraudar o ponto
eletrônico. E, caso você se sinta coagido, procure o Sindicato”,
ressalta.
