MPT realiza nova mediação entre bancários e Santander no dia 11

O
Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza nova audiência de
mediação entre a Contraf-CUT e o Santander na próxima sexta-feira,
dia 11, às 11h, em Brasília. A primeira reunião ocorreu no dia 12
de dezembro e fora solicitada pela Confederação logo após as
demissões em massa ocorridas na véspera do Natal sem qualquer
diálogo com o movimento sindical.

A nova audiência foi
agendada na tarde desta sexta-feira, dia 4, pelo MPT e atende outro
pedido da Contraf-CUT, através de ofício enviado no último dia 21
de dezembro em resposta ao requerimento da procuradora Ana Cristina
Tostes Ribeiro. O objetivo do novo encontro é discutir com o banco
espanhol a reintegração dos demitidos, além de uma política
permanente de emprego no Santander com o fim das demissões
imotivadas e da rotatividade.

Para a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello, nada justifica as demissões em massa iniciadas em
dezembro pelo Santander. “O Brasil é o país mais lucrativo para o
banco espanhol e não podemos admitir que a empresa venha aqui só
para explorar os brasileiros sem nenhuma responsabilidade social. Na
audiência com o MPT também queremos discutir a aplicação
da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho),
que proíbe as demissões imotivadas em empresas lucrativas, como é
o caso dos bancos. Vamos exigir ainda mais contratações e melhores
condições de trabalho”, destaca Jaqueline.

Graças
à atuação do MPT, o Santander forneceu uma lista aos sindicatos
que aponta a demissão de 1.280 bancários só em dezembro no país.
Em Pernambuco, foram cerca de 60 demitidos. “O número de dispensas
pode ser maior ainda em nosso estado, já que o Sindicato suspendeu
as homologações assim que constatamos que se tratava de uma
demissão em massa. Ao todo, 37 bancários procuraram o Sindicato e,
destes, 22 estavam inaptos para a demissão, o que mostra uma total
falta de respeito por parte do Santander”, diz Jaqueline.

A
presidenta do Sindicato lembra que o número de demissões só não
foi maior por causa das denúncias, dos protestos e das mobilizações
das entidades sindicais. “Segundo apuramos, o Santander pretendia
demitir mais de 5 mil bancários. Com a mobilização, conseguimos
impedir esta verdadeira barbárie, mas 1.280 empregados acabaram
perdendo seu emprego. Queremos a reintegração imediata de todos os
demitidos e esperamos avanços nas audiência que teremos na próxima
sexta-feira”, finaliza Jaqueline.

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