Definidas as reivindicações específicas dos funcionários do BB para a Campanha Nacional dos Bancários

Os funcionários do Banco do Brasil, representados pelas delegações de todos os estados do País, definiram, durante o 31º Congresso Nacional dos Funcionários do BB (CNFBB), realizado nos dias 10 e 12 de julho, a pauta de reivindicações da categoria para Campanha Nacional 2020. Este ano o Congresso aconteceu totalmente online, respeitando o distanciamento social, orientado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), devido à pandemia do novo coronavírus.

A presidenta interina do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e funcionária do Banco do Brasil, Sandra Trajano, destaca a complexidade da Campanha Nacional deste ano.

“Debates importantes aconteceram, destacando a importância do BB como fomentador de desenvolvimento, principalmente para regiões onde a assistência bancária é mais precária. Além desta pauta, os delegados participaram do processo de votação sem problemas”, comenta Sandra.

Sobre a crise mundial causada pela Covid-19, e em alguns países intensificada pela falta de compromisso dos governantes em tentar minimizar as graves consequências desta doença na vida da população, Sandra enfatiza que “os bancos públicos serão fundamentais para que o Brasil saia, o mais rápido possível, da alarmante situação causada pelo novo coronavírus. Diante desta realidade, a Campanha Nacional terá como foco, junto com outras pautas relevantes, a defesa dos bancos públicos neste tempo de crise”.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, agradeceu a participação dos delegados e ressaltou a importância do congresso para a Campanha Nacional dos Bancários e para a luta específica dos funcionários.

“Vivemos um momento difícil de nossa história, tanto no país e no mundo, quanto no banco. Querem acabar com tudo o que é público, com tudo o que possibilita o povo brasileiro a ter uma vida melhor. Não podemos ver isso e ficarmos calados. Temos que mostrar que o Banco do Brasil é o do povo brasileiro”, disse Fukunaga.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, declarou que a defesa dos bancos públicos está no centro da Campanha Nacional dos bancários deste ano. “O movimento de agricultores familiares costuma dizer que ‘se o campo não planta, a cidade não janta’. Vou adaptar esse lema acrescentando que se os bancos públicos não financiam, os produtores rurais não conseguem plantar”, disse.

O Banco do Brasil se soma as ações da Caixa e do Banco do Nordeste, que são concessores de crédito para os produtores rurais e também para as micro, pequenas e médias empresas. As pautas debatidas nos congressos específicos de cada banco públicos, que discutiram pautas unificadas da categoria bancária, serão levadas, também, para 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que acontece nos dias 17 e 18 de julho.

Mesa única

O coordenador da CEBB também ressaltou a importância da unidade da categoria e da manutenção da mesa única de negociações com os bancos públicos e privados. “A primeira premissa dessa campanha é defender a mesa única de negociações. Só a nossa unidade pode fazer que a gente saia com vitórias dessa campanha”, destacou. “Além do mais, defender a mesa única é também defender o Banco do Brasil e os direitos dos funcionários”.

Direitos e pandemia

Fukunaga destacou, ainda, a importância do congresso para debate sobre a manutenção de direitos dos funcionários durante esse período de pandemia.

“Os debates nos trouxeram importantes contribuições para a organização da categoria e dos funcionários do BB para o enfrentamento dos ataques aos direitos que estão sendo desferidos contra os trabalhadores com a desculpa de que estamos em tempos de pandemia”, disse. “Os trabalhadores sofrem com a doença e com os cortes de direitos e perda de rendimentos”, concluiu.

Entre os pontos debatidos durante o congresso, merece destaque a instituição do teletrabalho.

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