O Comando Nacional rejeitou em mesa, nesta terça-feira (8), a nefasta proposta apresentada pelos representantes da Fenaban de redução da regra geral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em até 48%. Nesta sétima rodada de negociações, a categoria esperava respostas dos bancos para suas reivindicações, entre elas a de aumento real de salário, e que nenhum direito conquistado anteriormente seja revisto. O Comando exigiu que uma proposta digna seja apresentada na quinta-feira (20).
“A Fenaban alega que os bancos tiveram prejuízos, mas sabemos que isso não é verdade. Eles apenas lucraram menos por causa a crise sanitária mundial, mas não deixaram de lucrar. Rejeitamos na mesa a perda na PLR. É hora de toda categoria se somar nesta mobilização em defesa dos direitos e do aumento real”, destaca a presidenta interina do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano.
Com a queda do lucro líquido dos bancos, a PLR dos bancários já teria uma redução de até 25%. A proposta da Fenaban faz essa redução chegar a até 48%. Essa redução da PLR significaria um retrocesso aos patamares de 1995, quando a PLR foi negociada em acordo pela primeira vez. “Com essa proposta, as perdas chegam a quase metade da PLR. É completamente inaceitável.”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional.
O Comando Nacional da categoria quer que as negociações sejam definidas ainda esta semana. Com a reforma trabalhista, perdeu a validade a chamada ultratividade, que garantia que os direitos trabalhistas e conquistas fossem mantidos até fechamento de novo acordo. “Direitos históricos da categoria bancária correm o risco de não serem mais respeitados, vamos nos manter vigilantes e prontos para defender os nossos direitos nesta reta final”, conclui Sandra Trajano.
Veja abaixo a tabela com as reduções da PLR por faixas salariais nos três maiores bancos privados (Bradesco, Itaú e Santander):


