Cerca de 500 bancários de Pernambuco participaram da assembleia organizativa virtual referente à Campanha Nacional dos Bancários 2020, na noite desta terça-feira (25). Como a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não atendeu a nenhuma das pautas da Minuta aprovada pela categoria, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, assim como sindicatos de todo o país, entrou em processo de assembleia permanente para avaliar eventuais mudanças nas negociações nos próximos dias. Uma assembleia deliberativa está marcada para amanhã (27), a partir das 19h.
A assembleia desta quinta-feira vai ser transmitida pelo Youtube e Facebook do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, com link disponibilizado no site da entidade para os interessados em participar de forma ativa na sala virtual, na plataforma zoom. A votação ocorrerá através do sistema remoto nacional, em link também disponibilizado no site do Sindicato.
Para presidenta interina do Sindicato, Sandra Trajano, os bancários estão sendo desrespeitados, principalmente neste momento de crise causada pela pandemia do novo coronavírus. “Mesmo lucrando menos que o ano passado, os bancos já lucraram bilhões este ano. Os bancários estão se arriscando dentro das agências, trabalhando sob pressão, mas a proposta que a Fenaban apresenta é de retirada de direitos e reajuste zero. Não vamos aceitar que os bancos se aproveitem da pandemia para retirar nossas conquistas”, afirma Sandra, que participa da 12ª rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nesta quarta-feira (26).
DISPOSIÇÃO PARA LUTA
Na consulta realizada ontem, através de enquete durante a assembleia organizativa, a categoria avaliou negativamente a proposta de reajuste zero por dois anos, redução do percentual da parcela adicional e a redução do acelerador da regra básica da Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mesmo com a oferta de abono. Os bancários mostraram também disposição para luta, com indicativo de possibilidade de greve (79%), paralisação parcial (29%), protesto simbólico (17%) e twittaço (23%).
“Ao invés de propostas para preservação da vida das pessoas e valorização dos bancários, que são os responsáveis pelos bons resultados das empresas, os bancos trouxeram um ataque ferrenho e desrespeitoso. Os bancos públicos estão seguindo as orientações do governo fascista de Bolsonaro e a Fenaban está alinha à política de retirada de direitos. Por isso, é hora de unidade, organização e mobilização da nossa categoria. Só na luta vamos garantir nossa CCT e o aumento real”, destacou a presidenta licenciada do Sindicato, Suzi Rodigues, que participou da assembleia organizativa.