A Comissão de Organização dos Empregados do Santander negociou com o banco na segunda-feira (31) os aditivos de banco de horas negativas da pandemia e para o adiantamento de 100% da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). A proposta será submetida à assembleia nesta quinta-feira (3), com votação por meio eletrônico, das 8h às 20h.
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O banco pagará o total dos valores referentes à PLR no dia 30 de setembro, juntamente ao salário já reajustado, assim como os vales refeição e alimentação e o Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS). Não haverá outra parcela da PLR em março. Todo o valor será pago agora.
Em razão do estado de calamidade pública, as horas não trabalhadas entre 01.04.2020 e 31.12.2020 serão acumuladas em um banco de horas negativas. Estas horas serão submetidas a um regime especial para compensação válido até 31.12.2021. Sobre o saldo de horas negativas será aplicado um redutor de 10% e o empregado poderá utilizar até 1/3 do período de férias regulares para compensar eventual saldo negativo do banco de horas.
“Avaliamos que o acordo de horas negativas é positivo, pois protegerá da demissão muitos trabalhadores do grupo de risco que estão em casa, e não estão no teletrabalho por causa da função. É importante destacar que a compensação de horas somente será realizada mediante acordo prévio entre o empregado e o gestor, e que o empregado não poderá trabalhar mais do que duas horas a mais por dia”, destaca a dirigente da Fetrafi-NE e membro da COE Santander, Tereza Souza.
Se o empregado for desligado, por iniciativa da empresa sem justa causa, ou se desligar por aposentadoria e por estes motivos, ficar impossibilitado de compensar as horas devedoras até o término do prazo previsto neste acordo, nenhum valor será descontado.
“O Sindicato dos Bancários de Pernambuco avalia como satisfatório o acordo e orienta aprovação. As horas negativas podem ocorrer até dezembro de 2020, resguardando os trabalhadores do grupo de risco. Com relação às demissões, nossa luta em defesa do emprego será permanente”, destaca a presidenta interina do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano.
A representação dos trabalhadores reivindicou, ainda, que os valores descontados de funcionários demitidos neste período sejam ressarcidos. O banco informou que, não houve descontos para os demitidos até julho, devido às negociações que estavam em andamento com a COE. Disse que os valores descontados dos demitidos a partir de 1º de agosto serão ressarcidos.