Sindicato questiona Bradesco sobre fechamento de mais 450 agências

No mesmo dia em que o Bradesco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 19,458 bilhões, o presidente do banco, Octavio de Lazari, disse em entrevista que deve reduzir em mais de um terço o número de agências entre 2020 e 2021. O corte faz parte de um plano de reestruturação de despesas que o banco já vem implementando desde o ano passado, quando fechou 7.754 postos de trabalho e 1.083 agências. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco questiona o fechamento das unidades bancárias e cobra informações sobre os impactos para a categoria. 
Para presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues, os banqueiros intensificaram planos de reestruturação gananciosos, visando lucrar durante a pandemia, prejudicando funcionários e a população.
“Com lucros exorbitantes, não se justifica o fechamento de agências e, muito menos, demissões. Os bancos privados são concessões públicas e, como tal, devem gerar empregos e prestar o serviço de qualidade à população.  Queremos saber como fica a situação dos funcionários  diante dessa reestruturação, já que durante a pandemia, apesar do  acordo para não demitir, o banco reduziu seu quadro de funcionários sobrecarregando os que ficaram”, afirma Suzi.
A estimativa para este ano é encerrar as atividades de mais 450 agências. Somado ao corte efetuado no ano passado, o número significa uma redução de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019, que contava com 4.478 agências.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco já solicitou uma reunião com o banco, que deve ser agendada para a segunda quinzena de fevereiro.

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