Superintendência da Caixa condena prática antissindical ante denúncia do Sindicato

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco garantiu a plena realização da ação sindical contra o IPO Caixa Seguridade, após denúncia de “prática antissindical” registrada na Caixa Cais do Apolo. Nesta quinta-feira (23), a Superintendência Regional se posicionou contra qualquer forma de cerceamento à liberdade sindical e desculpou-se pelo ocorrido, assim como fez o gestor responsável pela unidade. 
De acordo com os esclarecimentos, houve uma falha de comunicação entre a unidade e o gestor, que encontrava-se em reunião no momento da tentativa de fixação dos cartazes da campanha “Diga não ao IPO da Caixa Seguridade”. A campanha busca conscientizar os empregados para riscos de privatização da Caixa e alertar sobre estratégias utilizadas pela Direção do banco para que os próprios empregados financiem o desmonte da empresa pública.
“O Sindicato mantém uma relação positiva com a Superintendência e, mais uma vez, por meio do diálogo a situação foi solucionada. O mais importante é que conseguimos levar a nossa campanha para todas as agências previstas, fazendo a mensagem chegar para um número maior de empregados”, afirma a secretária de Bancos Públicos, Cândida Fernandes.
A intensificação do calendário de lutas dos empregados da Caixa acontece como resposta ao Governo Bolsonaro e à direção do banco, comandada por Pedro Guimarães, que programam a abertura de capital (IPO) da Caixa Seguridade. A última tentativa em realizar o IPO da subsidiária foi em setembro de 2020, quando a operação estava avaliada em R$ 60 bilhões. O IPO foi suspenso em razão da instabilidade do mercado, provocada pela crise da pandemia. Agora, com o agravamento da crise e uma expectativa mais negativa na bolsa, o valor estimado caiu para R$ 36 bilhões. 
Com metas desumanas, a alta direção  da Caixa, sob o comando do Presidente Pedro Guimarães, tem pressionado os trabalhadores, os forçando a serem cúmplices da privatização da própria empresa e, consequentemente, da destruição dos seus empregos. Para protestar diante do agravamento dos ataques, as mobilizações seguem na próxima semana, com indicativo de paralisação por 24 horas no dia 27 de abril. A decisão foi deliberada em assembleias, com votação eletrônica, realizadas pelos sindicatos em todo o País.

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