Paralisação faz Banco do Brasil assumir compromisso com prevenção à Covid-19 no Condomínio Itacaré

Para cobrar protocolos efetivos de prevenção à Covid-19, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou uma paralisação de protesto no Condomínio Itacaré – Banco do Brasil, nesta quinta-feira (8). A abertura da unidade foi retardada até as 13h, o que provocou uma reunião da entidade sindical com os gestores do banco. A mobilização resultou no compromisso pelo BB de responder oficialmente a pauta apresentada, criar uma Comissão Permanente de Prevenção à Covid-19 e ampliar a comunicação sobre os normativos sanitários e casos de contaminação no ambiente de trabalho.
Na ocasião, os dirigentes do Sindicato solicitaram a implementação do rodízio de equipes para redução da quantidade de trabalhadores no prédio, disponibilização de máscaras de proteção descartáveis e sanitização para casos confirmados de Covid-19. 
“Foi preciso paralisarmos as atividades do Itacaré para conseguirmos uma reunião com a amplitude necessária. Mas, avaliamos que o resultado é bastante positivo. Vamos acompanhar de perto o cumprimento do que foi acordado e cobrar avanços no protocolo, que tem se mostrado ineficaz diante de casos recorrentes de contaminação”, afirma Sandra Trajano, membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco do Brasil e secretária de Comunicação do Sindicato.
De acordo com as denúncias apresentadas pelos funcionários e verificadas pelo Sindicato, as ilhas de trabalho estão funcionando com elevado número de funcionários e equipamentos de uso individual (microfones usados pela ferramenta teens) estão sendo compartilhados. 
Para o presidente do Sindicato, Fabiano Moura, os protocolos não podem ser estáticos, mas devem se adequar a realidade na busca da preservação das vidas. “Após a trabalhadora terceirizada desta unidade ter sido vítima da Covid-19, a funcionária que assumiu o seu posto, no primeiro dia de trabalho, precisou ser afastada com sintomas. Agora, temos doze bancários afastados, entre casos suspeitos e confirmados, inclusive um dirigente do Sindicato, Pablo Marinho. Não podemos negociar vidas. O Banco do Brasil assumiu o compromisso de redobrar os cuidados e debater estratégias que garantam as condições de trabalho durante a pandemia e vamos cobrar essa proteção à vida dos trabalhadores”, destaca.
Na reunião, o Sindicato também tratou sobre a denúncia de determinação para o retorno ao trabalho presencial em casos de não cumprimento de metas pelos funcionários. “Os bancários estão adoecendo pela cobrança de metas e pela alta exposição à Covid-19. É desumano que seja cobrado o mesmo desempenho de antes da pandemia e usem como punição aos que não atingirem a convocação para o trabalho presencial. Essa ameaça é uma prática de assédio moral e não será admitida por esta entidade”, conclui a secretária de Administração do Sindicato e funcionária do BB, Andreza Camila.

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