Bancários do Santander com horas negativas devem comunicar ao Sindicato

Os bancários do Santander que acumularam horas negativas durante a pandemia do novo coronavírus, que obrigou muitos empregados a ficarem em casa impossibilitados de trabalhar, devem comunicar sua situação por meio do e-mail santanderhoranegativa@contrafcut.org.br , visando a construção de um acordo que possa atender da melhor forma possível as necessidades destes empregados. 
As horas negativas foram geradas pela impossibilidade de parte dos funcionários, que precisavam ficar em casa por fazerem parte do grupo de risco, exercerem suas funções de origem em home office. O movimento sindical chegou a solicitar que o Santander encontrasse novas funções para esses trabalhadores para que não fosse gerado o acúmulo de horas negativas, o que não ocorreu.
Após uma importante conquista mediada pelo Ministério Público do Trabalho, o banco que se negou a enviar as informações desses bancários, assumiu o compromisso e a responsabilidade de fazer a intermediação entre o movimento sindical e os trabalhadores. Com isso, entre os dias 5 e 10 de agosto, o banco deverá enviar um comunicado elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a todos os trabalhadores que acumularam horas negativas ao longo da pandemia.
Segundo o banco, em abril de 2021 mais de 700 bancários estavam acumulando horas negativas e cerca de 100 destes trabalhadores estão devendo mais de 1.000 horas de trabalho.
“Muitos trabalhadores ficaram sem função por conta da pandemia e o movimento sindical firmou um acordo de banco de horas negativo com o Santander em setembro de 2020, que foi renovado em janeiro e teria de ser novamente revalidado em abril. Mas, o acordo tinha uma cláusula que impedia a compensação dessas horas negativas aos finais de semana e o Santander condicionou a renovação do acordo à retirada desta cláusula. Não revalidamos porque não iríamos dar respaldo para o banco  convocar os empregados para trabalharem aos fins de semana”, explica Tereza Souza, membro da COE Santander e dirigente da Fetrafi-NE.
A COE solicitou ao Santander que fornecesse os dados desses trabalhadores com horas negativas, para que a entidade pudesse entrar em contato com eles a fim de entender a real situação visando a construção de um acordo que pudesse atender da melhor forma possível as necessidades destes empregados. Além disso, o Sindicato também reivindicou que o Santander encontrasse função para estes trabalhadores no home office. Contudo, não foi possível avançar na negociação porque o banco se recusou a repassar as informações e toda e qualquer negociação pressupõe transparência. Diante do impasse, o acordo não foi renovado em abril.
Os trabalhadores que tiverem qualquer dúvida sobre o saldo de horas e seus direitos, devem procurar seu Sindicato. 

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