
Em reunião com o setor de relações sindicais do Santander, na sexta-feira (3), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco questionou o banco sobre as denúncias de casos de assédio e cobranças excessivas de metas, assim como de demissões de funcionários com estabilidade provisória.
O banco assumiu o compromisso de discutir com o Sindicato uma ação para conscientização nos locais de trabalho sobre combate ao assédio. Entretanto, sobre as demissões ilegais, o banco foi taxativo de que não voltará atrás e resolverá na justiça os casos individuais.
“É preciso reafirmar que saúde não se indeniza. O banco adoece e depois dispensa, essa é a prática do Santander aqui no Brasil, total desrespeito aos funcionários. Mas, abrimos um bom canal de diálogo com o Santander e acreditamos que vamos avançar no debate sobre a prática de assédio moral e o adoecimento no banco. Com relação as demissões, o banco garantiu que não existe previsão de reestruturação que gere demissões e que prevê abertura de agências”, afirmou a dirigente da Fetrafi-NE e a representante na COE Santander, Tereza Souza.
No encontro presencial, também foi discutido o processo de retorno do grupo de risco. “Reforçamos a necessidade de cuidados com os protocolos. O banco chegou a ressaltar como um problema o ritmo de trabalho desses funcionários que estão retornando, o que não pode ser um motivo para aumento de pressão nas agências, porque o trabalhador não é uma máquina que liga e desliga. É preciso ter um tempo de readaptação à rotina” pontua o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
Com relação ao banco de horas negativas da pandemia, o Santander estipulou que deve ser zerado até 31 de agosto de 2021. No entendimento do Sindicato, o banco de horas foi gerado por culpa do Santander, que não definiu funções para os trabalhadores realizarem no home office. “Vamos acompanhar de perto, pois essa compensação das horas negativas não pode extrapolar a legislação”, conclui Fabiano Moura.