
O constrangimento a qual o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, submeteu os diretores e vice-presidente da estatal na terça-feira (14/12), durante o evento “Nação Caixa” destinado aos gestores, é considerado inaceitável pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Na ocasião, o preposto do presidente Jair Bolsonaro ordenou que os empregados do banco público fizessem uma série de flexões.
“A situação é no mínimo constrangedora, desrespeitosa e humilhante. Repudiamos qualquer situação que agrida a dignidade do trabalhador e, por meio das entidades representativas, solicitaremos formalmente à direção da Caixa explicações sobre o fato”, afirma o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
Além das flexões com contagem regressiva feita pelo próprio presidente, os empregados da Caixa foram pressionados a realizar outras manobras físicas que não tem qualquer relação com a atividade bancária.
De acordo com os registros em vídeo, o evento do banco teve momentos de referência à “disciplina militar”, exaltada pelo atual governo federal. Na ocasião, Adriano de Souza Azevedo, coronel da reserva e assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também apresentou uma palestra sobre a experiência do Exército brasileiro no Haiti.
“A Caixa tem sido desvirtuada para promoção de projetos pessoais e políticos do presidente Pedro Guimarães, que, por sua vez, promove uma gestão de opressão e assédio desumano com os empregados”, critica a secretária Geral do Sindicato, Cândida Fernandes.