Em Pernambuco, empregados da Caixa Econômica Federal, que estão tendo que trabalhar em agências superlotadas e em risco constante de contaminação pela Covid-19, denunciam ao Sindicato dos Bancários a grave situação neste momento de aumento acelerado de casos, principalmente entre bancários.
A secretária-Geral do Sindicato e empregada da Caixa, Cândida Fernandes, fala sobre a gravidade diante intransigência da direção do banco e a falta do cumprimento dos protocolos de segurança para evitar contaminação.
“Estão deixando expostos bancários e clientes. As aglomerações nas agências bancárias estão adoecendo empregados, fazendo com que familiares e população fiquem preocupados com a lamentável situação. Queremos uma resposta concreta do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sobre o motivo da celeridade para o retorno ao trabalho presencial, por exemplo, que não foi negociado com o movimento sindical”, comenta Cândida.
Na agência da Caixa – Conde da Boa Vista, que já funciona com número reduzido de empregados, cinco trabalhadores foram afastados com sintomas de gripe e suspeita de Covid-19, dificultando ainda mais o atendimento ao público, principalmente para o pagamento dos programas sociais, fundamentais para população mais carente.
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco também faz um alerta sobre a demora no atendimento pelo Saúde Caixa. Empregado da Caixa, que não terá seu nome divulgado, informou à entidade que precisou de mais de oito horas para ser atendido, sendo o número 1217 ao entrar na fila de espera.
“Existe uma falta de sensibilidade do banco para entender que é necessário voltar com o home office, como há necessidade de melhorar os protocolos de segurança, já que quando há confirmação de empregados positivados em exame, a Caixa não está interrompendo suas atividades, realizando uma limpeza superficial”, enfatiza o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
O Sindicato vai continuar monitorando a situação do cumprimento dos protocolos para evitar contaminação pela Covid-19 nos bancos públicos e privados. Neste momento de crise sanitária, faz-se necessário o fechamento de agências, em caso de contaminação, para uma sanitização eficiente e evitar contágio; ampliação do trabalho à distância, rodízio entre os bancários, apresentação da carteira de vacinação dos bancários que estejam trabalhando de forma presencial, uso de máscara e de álcool gel, além da exigência do passaporte vacinal para clientes que queiram entrar nas agências.
