A bancária Alanna Karina, funcionária do Bradesco, foi reintegrada na última quarta-feira (23). Demitida em junho de 2021, em plena pandemia, com alegação de baixa de resultados, Allana foi mais um exemplo da falta de compromisso do banco, que quebra de forma recorrente o acordo de não demissão.
Os 13 anos de dedicação de Allana ao Bradesco resultaram em adoecimento. “Com três laudos de doenças relacionadas ao trabalho, a bancária foi ‘descartada’ pelo Bradesco. A demissão de bancários nessas condições tem sido uma prática dos bancos privados”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, Allan Patrício. Diagnosticada com Lesão por Esforço Repetitivo (LER) / Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) e lombalgia, a bancária continua sendo acompanhada pelo reumatologista.
“Procurei o Sindicato dos Bancários no mesmo dia em que fui desligada. Minha intenção era entender o que poderia ser feito, já que ficamos perdidos neste momento, e dar início ao meu processo de reintegração. Fui recebida pela equipe do Sindicato e hoje estou retornando ao trabalho”, comenta Alanna.
Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Flávio Coelho, esta reintegração é mais uma vitória diante das demissões ilegais cometidas pelos bancos durante a pandemia. “Os bancários estão adoecendo, sendo pressionados nas agências públicas e privadas, e demitidos em larga escala. Estamos com as portas do Sindicato abertas para oferecer todo suporte necessário na questão jurídica e de saúde”, ressalta Flávio. A reintegração de Alanna foi fruto de uma ação judicial ingressada pelo Sindicato, por meio do escritório J. Cavalcanti Advogados, conveniado à entidade.