Os 1276 funcionários do Banco do Brasil que estão em trabalho
remoto emergencial por serem autodeclarados do grupo de risco da
covid-19 devem voltar para o trabalho presencial até o dia 6 de
junho. O início do processo de retorno vem acontecendo desde 23 de
maio.
“A Comissão
de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil não concorda com o
fim do Estado de Emergência e, consequentemente, com o retorno do
grupo de risco ao trabalho presencial.
Entretanto,
avaliamos que esta prorrogação é uma conquista importante para os
trabalhadores, que teriam inicialmente que retornar em 23 de maio e
poderão ter mais duas semanas para se adaptarem ao retorno”,
afirma a representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano.
O retorno ao
trabalho presencial foi definido depois do Governo Federal ter
decretado o fim do Estado de Emergência de Saúde Pública de
Importância Nacional (Espin). Com isso, também se encerra o Acordo
Emergencial de Covid-19, que autorizou o trabalho em home office.
O acordo
coletivo emergencial do Banco do Brasil, aprovado pelos funcionários
em junho de 2020, previa a anistia de 10% do saldo total de horas
negativas a compensar, com prazo de compensação de horas negativas
de 18 meses. Caso não fossem pagas, os funcionários teriam essas
horas descontadas do seu pagamento.
O banco
apresentou o quadro de funcionários que estão com horas negativas.
“Vamos debater uma proposta para apresentar ao banco na próxima
reunião, pois alguns bancários estão com um grande acúmulo de
horas negativas, que não foram geradas por uma escolha do
funcionário”, ressaltou Sandra.
O acordo
coletivo emergencial também continha o compromisso do BB de não
descomissionamento por desempenho enquanto durar a pandemia. Com o
fim da Espin, o movimento sindical pede uma negociação para evitar
esse movimento em massa. O assunto também volta a ser debatido na
próxima reunião.