Migração de bancários para terceirizada retira direitos e desrespeita luta sindical

Na quarta-feira (1º/6), em reunião entre o banco Santander e a Comissão de Organização dos Empregados (COE), o banco espanhol comunicou que está terceirizando o setor de investimentos do banco. Assim, os trabalhadores que aderirem ao processo, caso aceitem, serão demitidos do banco, sem justa causa, e recontratados pela Corretora de Valores, empresa do Grupo Santander.
Representante do Nordeste na COE Santander, Tereza Souza destaca que o Sindicato dos Bancários de Pernambuco e os representantes dos trabalhadores estão atentos aos desdobramentos desta pauta.
“O banco vem demonstrando que está pronto para colocar em prática mais este pacote de maldades contra seus funcionários. Estamos diante da precarização do trabalho bancário, além de presenciar a manobra para retirar direitos e conquistas. Não vamos admitir esta falta de respeito com a nossa categoria”, reforça Tereza.
O Santander, através do ‘Prospera’, ‘SXNegócios’ e ‘First’, já vem contratando trabalhadores terceirizados para exercerem algumas funções dentro do banco, como verificado pelo Sindicato, especialmente, no Interior do Estado. Nesta nova etapa, os bancários do setor de investimentos também devem migrar para a Corretora Santander.
Com a terceirização, direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não vão ter mais validade. Salários, vales-alimentação e refeição, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e outros direitos serão rebaixados em relação aos garantidos para categoria bancária. A jornada de trabalho também é outro ponto que vai ser alterado com a mudança.
“Mais uma vez o banco Santander está agindo sem qualquer diálogo com o movimento sindical, forçando esta terceirização aos bancários. Caso os funcionários do Santander não aceitem esta migração, sabemos que o próximo passo é a demissão. Temos clareza sobre o valor de todos os trabalhadores, seja ele bancário ou terceirizado, mas os longos anos de luta e resistência da categoria bancária e organização da nossa categoria resultaram em uma série de direitos que agora estão ameaçados”, conclui o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.

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