Para denunciar a prática criminosa de assédio moral e sexual, as bancárias e os bancários de Pernambuco aderiram ao Dia Nacional de Luta convocado pela Contraf-CUT, nesta terça-feira (5/7). No Recife, o ato de protesto foi realizado em frente à Caixa Econômica – Conde da Boa Vista.
As bancárias usaram mordaças com a inscrição “assediadas” como simbolismo da violência sofrida por empregadas da Caixa Econômica, que tornaram-se públicas após acusações contra o ex-presidente da Estatal, Pedro Guimarães. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco e demais entidades representativas, cobram apuração rigorosa e, caso confirmado, a punição de todos os envolvidos nos casos de assédio.
“É um absurdo que em pleno 2022, o governo federal, protagonizado por Jair Bolsonaro, tenha indicado um gestor como Pedro Guimarães. Ele tem no seu passado um histórico de assédio, tendo sido demitido da iniciativa privada por isso, e esteve à frente da Caixa Econômica Federal por três anos, implementando uma gestão do terror. Exigimos apuração e punição”, afirma a representante do Nordeste na CEE/Caixa, Cândida Fernandes.
A secretária da Mulher do Sindicato, Alzira Cavalcanti, ressaltou durante a atividade que a entidade possui um canal exclusivo para denúncias de violência contra as mulheres bancárias. O Projeto “Basta! não irão nos calar” foi lançado em março em Pernambuco. “A secretaria da Mulher do Sindicato está preparada e disponível para acolher as bancárias vítimas de violência e prestar a assistência necessária para denúncia dos casos. Todo o sigilo é garantido no processo, sempre preservando as mulheres”, conclui. O WhatsApp do Canal Basta Não Irão nos Calar para denúncias é (81) 97347-3585.
Entre as defesas que foram reafirmadas com cartazes ato nacional estão o respeito às mulheres, a equidade de condições no trabalho, a exigência de respeito e acolhimento às bancárias denunciantes dos casos ocorridos na Caixa.
“Sabemos que no ambiente de trabalho, quando as mulheres sofrem assédio sexual e dizem não, muitas passam a ser alvo de assédio moral. Nos solidarizamos às empregadas da Caixa que tiveram a coragem de denunciar os casos de assédio moral e sexual e vamos cobrar a proteção necessária para as companheiras, assim como para todas as mulheres que decidam quebrar o silêncio”, conclui o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.