Para tratar sobre o assédio institucional nas Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBBs), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco esteve na unidade Recife, na Imbiribeira, onde foi realizada uma paralisação parcial de protesto. Entre as principais demandas apresentadas pela categoria, destacam-se o impedimento de ascensão no banco, a cobrança de metas abusivas que desconsideram o período de afastamento do trabalho e dificuldades para entrar de férias.
Os funcionários das CRBBs estão submetidos a uma rotina de trabalho exigente e desgastante e sofrem cobrança excessiva de metas. “É inadmissível a postura que a direção do banco tem adotado, a partir de um evidente direcionamento político do governo, que quer impor para a categoria um ambiente de trabalho muito difícil. Não é apenas a PLR ou o aumento real, essa é uma questão de dignidade humana e de respeito ao trabalhador. Resistiremos à direção do BB, que quer impor a lei do chicote para os seus funcionários”, criticou Fabiano Moura, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
Por 1 hora, dezenas de trabalhadores deslogaram do sistema para ouvir as informações do Sindicato e compartilhar o sentimento da equipe sobre as condições de trabalho. A mobilização segue a orientação nacional da CEBB. “Estamos num dia de luta nos Estados onde os CRBBs funcionam, dando continuidade ao movimento de cobrança ao Banco do Brasil, pois funcionários estão esgotados. Os CRBBs estão defasados no número de pessoas, com sobrecarga no atendimento, o que tem gerado casos de assédio e adoecimento”, aponta a representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano.
A situação de assédio não é um caso isolado de Pernambuco, mas tem ocorrido nas CRBBs em todo o país. A funcionária do Banco do Brasil e secretária de Administração do Sindicato, Andreza Camila, reforça a importância da denúncia. “O assédio moral é individual quando o gestor desvaloriza o trabalho de uma pessoa específica, debocha, escanteia; outra forma é o assédio institucional, que acontece quando uma coletividade sofre o assédio. O Sindicato oferece um canal exclusivo no site para denúncia ao assédio moral e um corpo jurídico preparado para receber todos que precisem de assistência”, conclui.