BB não apresenta proposta para ampliar teletrabalho

 A mesa de negociação entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e o banco sobre o teletrabalho, realizada no dia 21 de novembro, frustrou as expectativas dos representantes dos funcionários. Na ocasião, o BB apresentou apenas um powerpoint ao invés de uma proposta concreta para ampliar o teletrabalho. O compromisso de tratar sobre a pauta foi assumido entre as partes no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022-2024. 

“Há uma demanda grande dos trabalhadores das áreas meio, especialmente dos escritórios, para terem direito ao home office, mas o que recebemos do banco foi uma apresentação em powerpoint que mantém muito limitado o acesso ao trabalho remoto”, avaliou Fernanda Lopes, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB.

Segundo o banco, apesar de 17.509 dos funcionários terem permissão para o home office, somente 9.849 estão exercendo essa modalidade, sendo que a grande maioria em apenas dois dias por semana, ou seja, menos de 50% dos dias úteis e, portanto, sem o direito de receber a ajuda de custo conquistada no novo ACT.

“O banco chegou a admitir que apenas os funcionários da área de tecnologia da informação (TI) são liberados para exercer 100% das atividades em home office, pois tem interesse em reter talentos. Por outro lado, ao ser questionado porque trabalhadores que sofrem com alguma comorbidade não estão conseguindo acessar esse direito, a resposta da empresa foi que o TRI (trabalho remoto institucional) não tem como objetivo cuidar da saúde. Existe uma evidente discrepância neste critério”, avalia a representante do Nordeste da CEBB, Sandra Trajano.

Apesar de reconhecer as leis 14.442/2022 e 14.457/2022, que concedem o direito de home office para pais, mães e tutores com crianças de até 4 anos e de até 6 anos ou com deficiência (independentemente da idade), o BB pontuou que só está liberando o trabalho remoto nas unidades que foram habilitadas pelos diretores responsáveis.

Desta forma, fica a cargo de cada unidade estratégica decidir se vai ter ou não home office, sem uma necessária orientação geral. A área de Varejo, por exemplo, tem grande demanda por teletrabalho, mas os gestores responsáveis não fizeram nenhum tipo de sinalização para implementar o modelo.

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