A Caixa Econômica Federal não aceitou a proposta da representação dos empregados sobre a promoção por mérito e apresentou uma contraproposta para que o pagamento dos “deltas”, referentes ao Plano de Cargos e Salários (PCS), seja feito considerando apenas o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), de acordo com critérios empresariais da meritocracia.
“A proposta apresentada ao banco pelo movimento sindical é para que seja distribuído um delta linearmente para todos que cumpram os critérios definidos e que apenas o segundo seja distribuído de acordo com a GDP. Temos discordância com a contraproposta da Caixa porque entendemos que os critérios de avaliação da GDP são subjetivos”, afirma a representante do Nordeste na CEE Caixa, Cândida Fernandes.
No passado, a Caixa tinha um sistema que utilizava critérios de avaliação criados em conjunto com a representação dos empregados, mas criou a GDP, que permite a mudança dos critérios no meio do ciclo avaliatório. Hoje, na prática, muitas vezes os objetivos da GDP são impostos pela gestão, as metas mudam constantemente, os sistemas apresentam falhas e há pouco tempo para o cumprimento dos objetivos, prejudicando a avaliação do desempenho dos empregados.
A representação dos empregados no GT avalia que a proposta da Caixa não será aceita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e pediu que o banco apresente os dados solicitados na reunião anterior, referentes aos impedimentos de recebimento da promoção e as formas de distribuição do segundo delta.
Os trabalhadores também pediram que o banco apresente uma estimativa de quantos empregados receberiam a promoção considerando a proposta apresentada pela Caixa. O banco, mais uma vez, ficou de analisar as solicitações. A próxima reunião de negociações ainda não tem data marcada.