
Dois mil e vinte dois foi um ano decisivo para a classe trabalhadora, pois nas eleições gerais o que esteve em disputa foi a democracia e a soberania do país. Por isso, a sociedade civil organizada foi às ruas em diversas oportunidades para denunciar as tentativas de retirada de direitos, pautar o poder público e apresentar propostas para o Brasil que a população deseja reconstruir.
Entre as principais mobilizações em defesa da geração de emprego e renda, dos bancos públicos fortes, dos direitos da classe trabalhadora e da democracia, a categoria bancária engrossou as fileiras nos atos do Dia do(a) Trabalhador(a) (1º/5), do Grito dos Excluídos (7/9) e do Fora Bolsonaro. Além disso, lançou um Comitê Popular de Luta para denunciar a situação de carestia no país, que realizou mais de 40 ações em praças e mercados públicos.
“Nós, bancários, conseguimos manter diversos direitos com nossa CCT, mas não somos uma ilha. Por isso, lutamos pelos interesses do conjunto das trabalhadoras e dos trabalhadores. Após um período de obscurantismo, voltaremos a ter um governo democrático e popular. Vamos cobrar dos representantes eleitos o fortalecimento dos bancos públicos, a revogação dos pontos nefastos das reformas trabalhista e previdenciária e medidas concretas para acabar com a fome no Brasil”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.
Neste ano, tivemos o maior número de votos em candidatos da história brasileira, tanto percentualmente quanto em termos absolutos. Com as eleições livres garantidas, por meio de um sistema seguro, confiável e auditável, os(as) eleitores(as) brasileiros(as) compareceram às urnas e elegeram Luiz Inácio Lula da Silva para Presidência da República, além de deputados(as), senadores(as) e governadores(as). Em Pernambuco, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Pernambuco apresentou à categoria o nome da secretária de Finanças, Suzi Rodrigues, como candidata a deputada Estadual. Embora não tenha sido eleita, a dirigente recebeu uma expressiva votação com 11.266 mil votos. A disponibilização da candidatura da dirigente seguiu a orientação da CUT, que lançou 50 candidatos no país para representar a classe trabalhadora.
O futuro mandatário do país assumiu compromisso com a Pauta Unificada da Classe Trabalhadora, documento construído pelas centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB, Nova Central, Conlutas, Intersindical e Pública), com medidas emergenciais e estruturais para garantir empregos, recuperar direitos, fortalecer a representação sindical, além de promover a democracia e a vida no país.