Combate ao assédio e avanços nos instrumentos de avaliação são cobrados em mesa de negociação com o BB

No dia 30 de maio, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com representantes do Banco do Brasil para discutir os temas de combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP), que está sendo uma ferramenta punitiva e não de aprimoramento.
Entre as propostas feitas pelos trabalhadores na mesa está a suspensão do descomissionamento até que o banco implemente correções em distorções que tornam a GDP um instrumento de assédio. 
A representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano, reforça que práticas abusivas são recorrentes e afetam as vidas dos funcionários do Banco do Brasil.
“O assédio moral contra o trabalhador é algo inadmissível, mas vem acontecendo entre os bancários de todo país. As cobranças por melhor desempenho e pelo cumprimento das metas ocasionam medo e adoecimento entre os funcionários do Banco do Brasil. Não podemos aceitar o assédio moral como modelo de gestão dentro do banco”, comenta Sandra.
Na reunião, os representantes dos funcionários do Banco do Brasil reivindicaram a criação de um comitê paritário para debater casos de assédio moral, que servirá para avançar de forma mais eficiente na identificação e resolução de casos de assédio no banco, construir saídas conjuntas e que realmente combatam a cultura do assédio.
Para o presidente do Sindicato, Fabiano Moura, “é necessário cobrar da direção atual do Banco do Brasil o verdadeiro papel social dos bancos públicos. As práticas de assédio moral, das pressões por metas abusivas, estão relacionadas a cultura que foi implementada no governo passado, precisando ser urgentemente corrigidas. O BB e outras instituições públicas foram capturadas pela lógica de mercado, e isso não pode acontecer no momento atual. Precisamos que o BB continue sendo capaz de fomentar a economia voltada para o foco social, do desenvolvimento e de outras áreas estratégicas para que o Brasil volte a ter uma economia forte”.      
O banco informou, com base nas reivindicações do movimento sindical, que estão realizando encontros de lideranças e que serão realizados treinamentos, visando a capacitação de gestores para que não reproduzam e combatam as práticas de assédio moral. Além disso, estudos estão em andamento para melhorar os canais da Ouvidoria, que teve a estrutura reduzida no período anterior.
“Nós pedimos celeridade do banco na conclusão e apresentação desses estudos. Entendemos que é preciso muito trabalho para acabar com a cultura do assédio dentro do banco e que isso leva tempo. Porém, a mudança precisa ser implementada imediatamente. A saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores não pode esperar.  A GDP virou um instrumento de assédio, quando deveria ser um instrumento de aprimoramento”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.  
Agenda das mesas permanentes temáticas:
21/06 – Caixas e demais comissionados que estão no sistema da Plataforma de Suporte Operacional (PSO);
12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);
20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;
11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;
28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Diana Ribeiro  Jornalista Responsável: Beatriz Albuquerque  • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer: Bruno Lombardi