Coletivo LGBTQIA+ Bancáries de Pernambuco reafirma luta dentro e fora dos bancos

No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em 28 de junho, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco reafirma suas ações em defesa de igualdade de oportunidades e tratamento nos bancos, manutenção dos direitos, avanços para esta população e respeito à sua diversidade. Por meio do Coletivo LGBTQIA+ Bancáries de Pernambuco, dirigentes sindicais trazem para o centro dos debates as pautas do mundo do trabalho com olhar para a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero presentes na categoria.
A LGBTfobia, que é a discriminação, aversão, ódio ou ato de agressão, por iniciativa individual ou coletiva, contra pessoas LGBTQIA+, é uma violência que mata e adoece pessoas em todo o mundo, precisa ser combatida pelos órgãos públicos, dentro das empresas públicas e privadas, pela sociedade de modo geral e dentro do ambiente de trabalho e familiar. 
A secretária da Mulher do Sindicato, Alzira Cavalcanti, destaca o compromisso da entidade contra todo tipo de descriminação. “Na categoria bancária, já conquistamos avanços importantes com a Mesa de Igualdade de Oportunidades, como direitos para casais homoafetivos e o uso do nome social, na busca por um ambiente de trabalho livre de intolerância e preconceito. Mas, sem dúvidas, temos um longo caminho para garantir visibilidade, direitos e respeito dentro e fora dos bancos”, comenta Alzira.
O Brasil registrou, em média, duas mortes de pessoas LGBTQIAPN+ a cada três dias, ou uma morte a cada 32 horas, em 2022. Os dados são do dossiê do Observatório de Mortes e Violências contra LGBT+ no Brasil. “Com muita luta tivemos conquistas importantes, como a criminalização da homofobia e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas, a discriminação e a violência contra a comunidade LGBTQIA+ ainda são uma realidade no país que lidera o ranking de assassinato de pessoas trans”, destaca a secretária geral do Sindicato e membro do Comitê LGBTQIA+, Cândida Fernandes.
Segundo o dossiê, 273 pessoas LGBTQIAPN+ morreram de forma violenta no Brasil em 2022. Mais da metade das vítimas eram mulheres trans ou travestis (58,24%). “Constituímos no Sindicato o nosso Coletivo LGBTQIA+ para debater as pautas específicas relacionadas à categoria, mas também consideramos fundamental incidir nas lutas sociais mais amplas, como a transversalização das políticas públicas para garantir cidadania plena para população LGBTQIA+”, enfatiza o dirigente do Sindicato e coordenador do Coletivo LGBTQIA+ Bancáries/PE, Geraldo Times.
HISTÓRIA
O dia 28 de junho tornou-se o Dia do Orgulho LGBTQIA+ pois a data marca um fato histórico ocorrido em 1969, em Nova York. Neste período, as relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas crime em quase todos os estados americanos. Em Nova York, a homossexualidade só deixou de ser criminalizada nos anos 1980.
“A polícia realizou uma ação truculenta contra pessoas LGBTQIA+ no Stonewall Inn. Após essa violência, grandes manifestações mobilizaram milhares de pessoas nas ruas lutando pelos direitos da população LGBTQIA e esse movimento impulsionou o surgimento de organizações LGBTQIA+ em todo o mundo. É um marco de resistência!”, conclui o dirigente sindical e membro do Coletivo LGBTQIA+, Francisco Rufino.

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