Solução para o Saúde Caixa passa pelo reajuste zero e fim do teto de 6,5%

No último dia 14 de agosto, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) participou de mais uma rodada de negociação para tratar das demandas relacionadas ao Saúde Caixa. O plano que conta atualmente com cerca de 125 mil titulares atravessa os desafios de melhorar o atendimento aos usuários e garantir a sustentabilidade, sem onerar ainda mais os empregados.
Na avaliação da CEE/Caixa, a posse dos aprovados no último concurso do banco, especialmente da área de TI, deverá renovar parte do quadro de usuários com a entrada de empregados mais jovens, oxigenando o plano. Mas, também cabe à Caixa assumir o seu papel de patrocinadora e acabar com o fim do teto de 6,5%, que limita as contribuições do banco ao plano.
“O Saúde Caixa precisa melhorar o atendimento, com participação das GIPES e REPES, garantindo o acesso dos usuários para que possam resolver suas questões. Além disso, a Caixa precisa criar um sistema efetivo de atendimento psicossocial às famílias e aos empregados que passam por doenças graves, para prestar o serviço de qualidade e para que dificuldades de acesso ao plano não resultem em ações judiciais e, com isso, maior oneração coletiva”, avalia Chay Cândida, Secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e representante do Nordeste na CEE/Caixa.
De acordo com o balanço financeiro, a arrecadação no primeiro semestre de 2025 foi de R$ 1,7 bilhão, enquanto as despesas chegaram a R$ 2,1 bilhões, gerando um déficit que tende a se agravar até dezembro. Segundo a empresa, “90% dos custos do plano concentram-se nos últimos seis meses de vida dos participantes”. Até o momento, não foi demonstrado nenhum estudo de impacto para a inclusão dos admitidos pós-2018 no benefício pós-emprego.  
“Acreditamos que o melhor caminho é a manutenção das premissas do Saúde Caixa, de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional. Todos nós contribuímos ao longo da vida e desta forma queremos garantir a sustentabilidade.  A Caixa precisa aumentar a sua contribuição e, para isso, cobramos o fim do teto de 6,5% de custeio do plano”, ressalta a dirigente Adriana Correia. 
A Caixa lucrou R$ 14 bilhões em 2024 e, somente no primeiro trimestre de 2025, R$ 4,9 bilhões – um crescimento de 71,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro acumulado é superior ao dos seis primeiros meses de 2024. Os dirigentes lembraram que os ganhos da empresa foram garantidos pelo trabalho dos empregados, que a empresa tem condições de elevar sua participação no custeio do Saúde Caixa e cobraram um aporte do banco para cobrir o déficit de 2025.

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