
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco participou, nesta terça-feira (4), do Dia Nacional de Mobilização contra as práticas abusivas do Santander no Brasil, convocado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos de todo o país. A ação paralisou quatro unidades no Recife, e teve como objetivo denunciar o modelo de gestão desrespeitoso adotado pelo banco, que tem aprofundado a precarização e a terceirização das relações de trabalho.
A paralisação ocorreu no Santander Veneza – Boa Vista, Select Ilha do Leite, Santander Boa Viagem e Select Boa Viagem, além de mobilização na agência Arcoverde.
O Santander vem utilizando a contratação de terceirizados por outras empresas do grupo numa manobra que frauda vínculos empregatícios, reduzi direitos e enfraquece a organização sindical, mesmo com lucros bilionários obtidos trimestre após trimestre. Ao mesmo tempo, o banco fecha agências, exclui a população do atendimento presencial e impõe metas abusivas, sobrecarregando e adoecendo seus trabalhadores e comprometendo o atendimento à população.
“Enquanto o Santander lucra bilhões, fecha agências e impõe condições insustentáveis aos bancários, os clientes pagam caro por pacotes de serviços e não recebem o atendimento que merecem. É uma política que explora os trabalhadores e desrespeita a população. A terceirização fraudulenta impacta os trabalhadores, porque ficam sem a cobertura dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários e acordos aditivos”, explica Dileã Raposo, secretária de bancos privados do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.
Em Recife, foram paralisadas agências Select e plataformas do Santander. A dirigente Bethânia Montarroyos destacou que “a paralisação tem o objetivo de denunciar a truculência do banco com os seus funcionários e clientes, em razão do fechamento de agências, terceirização e demissões de funcionários”, afirma.
O clima de incertezas estabelecido no banco foi relatado pelos funcionários, que não conseguem mais vislumbrar uma carreira no banco que tem demitido bancários e terceirizado. A dirigente Eleonora Costa reforça que o banco não tem apresentado a sua contrapartida social. “O Santander opera por concessão pública e, portanto, tem responsabilidades sociais, como a geração de emprego com condições dignas de trabalho e a prestação de serviços à população. Não aceitaremos que trate o Brasil apenas como fonte de lucro”, pontuou.
O movimento sindical cobra que o banco reveja suas práticas, respeite os direitos trabalhistas e ofereça o atendimento humano e a valorização dos bancários, garantindo um serviço de qualidade à sociedade e condições dignas para quem trabalha.
Galeria – Clique na imagem para ampliar:

















