Os bancários do Banco
do Brasil de Pernambuco aprovaram por unanimidade o acordo fechado
entre o Sindicato e a empresa para o restabelecimento das Comissões
de Conciliação Prévia (CCP). Em assembleia realizada nesta
terça-feira, dia 10, na sede do Sindicato, os funcionários do BB
ratificaram o acordo, que foi finalizado em abril, após dois anos de
negociações.
Para
o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, o restabelecimento
da CCP é uma grande conquista dos bancários do BB e vai ajudar
muito os funcionários que estão deixando o banco. “Muitas vezes,
o trabalhador que sai do emprego precisa acionar a Justiça para
garantir o pagamento de direitos que não foram honrados pela empresa
durante a vigência do contrato de trabalho. E a Justiça leva anos
para tomar uma decisão. Já com a CCP, o bancário pode receber seus
direitos em até 15 dias, e isso ainda não impede que ele entre na
Justiça depois”, explica Fabiano.
O dirigente detalha que a
Comissão de Conciliação Prévia é formada por representantes da
empresa e do Sindicato. O principal avanço conquistado nas
negociações diz respeito à forma de cálculo das indenizações
requeridas pelo trabalhador. No modelo antigo, que vigorava até três
anos atrás, o banco definia um paradigma e deixava de especificar o
montante destinado a cada item quitado. A partir de agora, o banco
fará os cálculos caso a caso e definirá valores específicos para
cada item solicitado pelo trabalhador.
“Além disso,
conseguimos incluir no acordo da CCP todos os funcionários que
deixaram o banco até dois anos atrás. E, mesmo que o trabalhador
tenha firmado acordo, ele terá 180 dias para pedir nova reunião
para debater algum tema que ficou de fora”, conta Fabiano.
A
CCP é voltada para bancários dispensados, que pedem demissão ou se
aposentam. Eles podem resolver pendências trabalhistas, decidindo se
aceitam a proposta da empresa ou se preferem entrar com ação
judicial, que pode demorar mais, mas que, de uma forma geral, garante
valores maiores. “O acordo tem diversos avanços em relação à
antiga CCP. Foram anos de negociação, mas conseguimos garantir que
o banco atendesse as nossas reivindicações”, finaliza Fabiano.
