A Caixa Econômica
Federal, Banco do Brasil e BNB recebem nesta quarta-feira, 17 de
agosto, as pautas de reivindicações específicas dos trabalhadores.
Para as direções da Caixa e do BB, a entrega ocorre em Brasília,
um dia depois da audiência pública sobre correspondentes bancários.
A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, lembra que as
reivindicações gerais da categoria são tratadas na mesa única de
negociações. Mas, as demandas específicas são discutidas
simultaneamente com a Caixa, BB e BNB. “É assim que temos
conseguido ampliar nossas conquistas: juntando 470 mil bancários em
torno de uma única pauta e aumentando nosso poder de pressão”,
diz Jaqueline.
No BNB, a entrega da minuta marca também o
primeiro encontro com o atual presidente do banco, Jurandir Santiago,
depois de cinco meses sem nenhuma negociação. “Somente depois
deste encontro poderemos ter alguma expectativa com relação ao BNB.
Mas, depois de passarmos metade do ano sem qualquer avanço, acredito
que esta será uma campanha difícil, apesar dos excelentes
resultados alcançados pela empresa”, avalia o secretário de
Assuntos Jurídicos, Alan Patrício, que representa Pernambuco na
reunião desta quarta, em Fortaleza.
A pauta de reivindicações
dos bancários do BNB tem 76 cláusulas. Entre os pontos de destaque,
alguns são pendências que se arrastam há anos. Os funcionários do
BNB querem, por exemplo, a volta da licença-prêmio; isonomia de
tratamento; transparência nos processos internos de concorrência;
revisão do PCR (Plano de Carreiras e Remuneração). Querem, ainda,
debater o papel do banco. “A proposta de transformar o BNB em
agência de desenvolvimento, que veio à tona nos tempos de FHC, já
começa a circular nos bastidores. Queremos o contrário: garantir o
fortalecimento do banco”, diz Alan.
A minuta da Caixa
Econômica, definida no 27º Conecef (Congresso Nacional dos
Empregados da Caixa), prevê, entre outros pontos: recomposição do
poder de compra dos salários, mais contratações, melhorias no
Saúde Caixa, fim do voto de minerva na Funcef (fundo de pensões dos
empregados), pagamento de tíquete e cesta alimentação aos
aposentados e pensionistas, isonomia e fim da discriminação aos
empregados do REG/Replan não saldado.
No Banco do Brasil, as
prioridades foram traçadas no 22º Congresso Nacional dos
Funcionários do BB. Para o secretário-geral do Sindicato, Fabiano
Félix, as principais expectativas ficam por conta da jornada de seis
horas para todos e da reformulação do PCR (Plano de Cargos e
Remuneração). “Avançamos alguns pontos no ano passado, mas ainda
temos muito a conquistar, como a inclusão de todos os trabalhadores
na carreira de mérito, a exemplo dos assistentes e caixas”, diz
Fabiano. Outros pontos de destaque na minuta de reivindicações para
o BB são: mais contratações, fim do voto de minerva na Previ
(fundo de previdência dos empregados), combate ao assédio moral,
fim das metas abusivas e dos descomissionamentos arbitrários,
reversão das terceirizações e reforço do caráter público do
banco.
