Pernambuco
registrou nesta sexta-feira, dia 11, o primeiro assalto a banco do
ano. O crime ocorreu na Caixa Econômica Federal de Igarassu, na
Região Metropolitana do Recife. Um grupo armado invadiu a agência
às 11h25 e anunciou o assalto, que durou quatro minutos. Não houve
feridos.
Segundo o diretor do Sindicato, Adeílton Filho, que
se dirigiu ao local logo após o assalto para dar assistência aos
bancários, o crime poderia ter sido evitado se a agência cumprisse
os itens de segurança previstos em lei.
“A agência não
tem vidros blindados, o que permitiu que os bandidos rendessem um dos
vigilantes apontando uma arma do lado de fora da unidade. O vigia
teve de abrir a porta para deixar o grupo entrar, já que o vidro não
protegeria o trabalhador caso o bandido desse um tiro. Além disso, a
agência é enorme e os três vigilantes não dão conta de garantir
a segurança de todo o espaço”, explica Adeílton.
Segundo
o dirigente, os bancários estavam bastante assustados quando o
Sindicato chegou. “Conversamos com o banco e fechamos a agência
pelo resto do dia. A Caixa ficou de enviar um psicólogo para
conversar com os empregados na segunda-feira. Também garantimos a
abertura da CAT (Comunicação
de Acidente de Trabalho) para todos os funcionários que presenciaram
o assalto. Assim, caso haja algum transtorno psicológico por conta
do assalto no futuro, o problema será caracterizado como doença
ocupacional”, diz Adeílton.
Quadrilha
presa – Segundo
a polícia, 11 suspeitos de terem envolvimento com o assalto foram
capturados nos bairros de Maranguape 1, 2 e Jardim Maranguape no
final da tarde. Alguns dos detidos chegaram a invadir um conjunto
residencial antes de serem capturados. Na operação, foram
apreendidas sete armas, sendo duas de brinquedo, além de uma quantia
em dinheiro não divulgada.
Ainda de acordo com os agentes, a
quadrilha já vinha sendo investigada pela participação em assaltos
a bancos na RMR, sendo dois deles a uma agência bancária em
Peixinhos e em Igarassu. Todos os envolvidos foram encaminhados ao
Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no
bairro de Afogados.