2020: Sindicato renova compromisso com defesa dos direitos da categoria bancária

No ano de 2019, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco mostrou-se ainda mais forte e combativo diante do avanço da agenda ultraliberal do governo Bolsonaro, que ataca direitos da classe trabalhadora e liquida o patrimônio nacional. Apesar dos ataques ao movimento sindical, a entidade manteve diálogo perma-nente com os bancários nos locais de trabalho, assim como foi protagonista na luta em defesa de direitos, emprego, melhores condições de trabalho, saúde e do fortalecimento dos bancos públicos. 
Para defender os bancários, o Sindicato participou de mais de uma centena de ações sindicais, como Greve Geral, Dias Nacionais de Luta, audiências públicas, atos e paralisações. O principal combate travado foi contra a reforma da Previdência, que embora tenha sido aprovada pelo Congresso Nacional, trouxe menos prejuízos do que previsto na proposta inicial graças à pressão dos trabalhadores.
“É fato que a conjuntura política-econômica-social não foi favorável para as trabalhadoras e trabalhadores em 2019. Mas, deste processo resultou a unidade do movimento sindical e social, o estreitamento do vínculo com as bases e a intensificação do trabalho em rede. Saímos fortalecidos desta avalanche de retrocessos e com disposição para seguir com a resistência em 2020”, avalia a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues.
A entidade deverá intensificar a campanha em defesa da Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco do Nordeste, que têm o papel social ameaçado pelo desmonte das empresas públicas. Em 2019, foram articuladas seis audiências públicas para tratar sobre o tema, na Assembleia Legislativa de Pernambuco e Câmaras Municipais no Interior do Estado. Com relação aos bancos privados, a defesa do emprego e do fim do assédio moral e das metas abusivas são as principais bandeiras. Pois, diante de uma legislação trabalhista que passou por uma reforma que fragiliza as relações de trabalho, a precarização e a informalidade tendem a crescer no País. 
A Medida Provisória 905, por exemplo, aprofunda a reforma Trabalhista e traz graves impactos para classe trabalhadora. No caso dos bancários, a forte mobilização nacional garantiu um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho na mesa de negociação com a Fenaban. Pontos alterados pela MP 905/2019, como o fim da jornada de seis horas, a abertura das agências bancárias aos sábados e a negociação individual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foram neutralizados. Além disso, o aditivo estabelece que nenhuma alteração legislativa modificará os termos estabelecidos na CCT. 
Os bancos condicionaram a assinatura do aditivo à retirada de ações de 7ª e 8ª horas, ajuizadas entre 1º de setembro e 30 de novembro de 2018,o que levou o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, assim como mais de 30 sindicatos no País, a não assinar o acordo e submeter a questão à base. “Apesar da intransigência da Fenaban, conseguimos garantir um prazo para que os bancários de Pernambuco possam se inteirar do debate, avaliar as opções e decidir se irão retirar as ações coletivas e assinar o aditivo ou permanecer com as ações e se submeter à MP 905. Até a realização da assembleia deliberativa, todos os direitos da CCT e previsões do aditivo estão garantidos para categoria no Estado”, destaca Suzi Rodrigues. 
As recorrentes tentativas de retirada de direitos em desrespeito à CCT, válida até agosto de 2020, indicam que a próxima Campanha Nacional exigirá dos bancários mobilização, unidade e compromisso com a luta. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco está pronto para, junto com os bancários, cumprir o seu papel enquanto entidade representativa e historicamente comprometida com a organização dos trabalhadores em torno dos seus direitos. 
“Renovamos o nosso compromisso com a categoria bancária, fortalecendo a organização no local de trabalho e o engajamento na unidade da classe trabalhadora. Em 2020, seguiremos na luta e na resistência, com forte mobilização, em defesa dos direitos e de uma sociedade verdadeiramente democrática”, conclui. 

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