Empregados da Caixa são contra MP 995

Os empregados da Caixa Econômica Federal são veementemente contrários à Medida Provisória (MP) 995, editada pelo governo Federal no dia 7 de agosto, para permitir que a Caixa abra o capital das suas subsidiárias, entre elas a de seguros e cartões.

Para secretária de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Cândida Fernandes, defender a Caixa 100% é um dos pontos da Campanha nacional 2020.

“Alinhado com o governo Bolsonaro, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, trabalha pra que a privatização deste importante banco, que atende milhões de brasileiros em situação se vulnerabilidade social, esteja cada vez mais próxima. Não podemos admitir que a Caixa deixe de ser 100% pública. Vamos nos unir, em nossa Campanha Nacional, contra mais este ataque”, afirma Cândida.

A Caixa Econômica é o principal banco na concessão de crédito habitacional, com 70% dos financiamentos realizados no país. Outros programas, como o Bolsa Família, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Segura Desemprego e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que também são pagos pela Caixa, estariam em risco caso o plano de privatização do governo Bolsonaro se concretize.

A MP encaminhada ao Congresso, assinada pelo presidente e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, autoriza as subsidiárias do banco público a incorporar ações de outras sociedades empresariais e a aquisição controle societário ou participação minoritária em empresas privadas.

“O Sindicato dos Bancários de Pernambuco tem um histórico de luta e resistência contra venda de partes importantes da Caixa, em sua maioria partes altamente lucrativas, que garantem benefícios e financiamentos para os mais carentes. Um banco tão lucrativo e rentável para o País e para os brasileiros não pode ser entregue de bandeja ao capital financeiro”, destaca a presidenta interina do Sindicato, Sandra Trajano.

A MP foi criada para a venda das subsidiárias Caixa Seguridade, quarto maior grupo segurador do país, e Caixa Cartões, voltada para o setor de meios de pagamento. A ideia é que a Caixa continue societária nesses negócios embora a modelagem ainda não esteja definida.

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