Para garantir inclusão da base de Pernambuco na assinatura da CCT 2020, Sindicato realiza assembleia sobre ações coletivas de 7ª e 8ª horas

As bancárias e bancários de Pernambuco são chamados a refletir sobre o destino da categoria na campanha salarial de 2020, antes mesmo de discutir a proposta rebaixada apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), representante do setor patronal. Nesta quinta-feira (27), das 10h às 18h, a categoria participa de uma assembleia virtual para deliberar sobre a retirada das ações coletivas de 7ª e 8ª horas ingressadas pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, após assinatura da CCT (2018-2020). 
A Fenaban exige que todos os sindicatos se ajustem aos termos da CCT 2018/2020, aprovada em assembleia, que estabeleceu mudanças na Cláusula 11ª, que trata da gratificação de função. A pressão para retirada das referidas ações coletivas ocorreu em episódios diversos, fruto da conjuntura desfavorável aos trabalhadores somada às Medidas Provisórias que ameaçaram direitos históricos da categoria bancária, colocando as entidades sindicais em condição desfavorável em relação as demais.
“Nossa diretoria fez um esforço gigantesco para em um curto espaço de tempo ajuntar informações e ingressar na Justiça do Trabalho.  Fazíamos parte de um grupo de cerca de 32 sindicatos que ingressaram com tais ações, hoje não somos sequer uma dezena, pois os demais realizaram essa mesma discussão que ora fazemos com a base e encerraram suas ações”, relembra o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino.
Em dezembro de 2019, o aditivo relativo à MP 905 foi assinado apenas pelos sindicatos que não possuem tais ações. Diante da intransigência da Fenaban, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco traz este assunto para avaliação de toda a base, ressaltando que, se as ações forem mantidas, não somente os que fazem parte da lista de substituídos serão prejudicados, mas, toda a categoria representada pela entidade no Estado estará excluída da Convenção Coletiva de Trabalho 2020. “É justo que todos saibam que desde o início das negociações dessa CCT, a Fenaban ratificou tal condição. Aproximadamente 1 mil bancários, estarão representados nessas ações coletivas, que caso não sejam retiradas da justiça poderá implicar na perda de todos os direitos previstos na CCT para toda a base de Pernambuco, ou seja, para dez mil bancários”, destaca Rufino.  A retirada da ação coletiva não extinguirá o direito dos bancários ingressarem com ações individuais com o mesmo objeto.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano, reforça que enfrentar esse debate não é algo fácil, mas, necessário. A diretoria do Sindicato decidiu por orientar pela aprovação da retirada das ações coletivas de 7ª e 8ª horas, exclusivamente, as ajuizadas a partir de 1° de setembro de 2018. “Estamos em uma semana decisiva para a categoria bancária, enfrentando uma negociação desfavorável, com propostas concretas de retirada de direitos.  O Comando tem adotada uma postura firme na mesa para proteger as conquistas da categoria e a CCT é nossa principal garantia. Não podemos correr o risco de ficar de fora da assinatura do acordo da Campanha Nacional 2020”, conclui Sandra Trajano.

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