empregados da Caixa, que valerá para os próximos dois anos. O ACT foi
aprovado pelos trabalhadores do banco público em assembleias históricas,
realizadas por meio eletrônico devido à pandemia de coronavírus, no
âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2020. Ele garante, entre
outros pontos, todos os direitos anteriores do último acordo, a PLR
Social e o Saúde Caixa Para Todos, vencendo o teto de 6,5%, inserido no
estatuto da Caixa em 2017, e mantendo o modelo de custeio baseado no
pacto intergeracional, mutualismo e solidariedade. E ainda reajuste de
1,5% e abono de R$ 2 mil em 2020, mais ganho real de 0,5% (acima da
inflação) em 2021 sobre todas as verbas de natureza salarial.
O
dirigente Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região e membro da Comissão Executiva de Empregados da
Caixa (CEE/Caixa), lembra, que mesmo com a assinatura do acordo, a
representação dos empregados continuará na luta, ao lado dos
trabalhadores, do povo brasileiro e demais entidades representativas, em
defesa da Caixa 100% Pública e da valorização dos trabalhadores.
“O
acordo, negociado arduamente com a direção da Caixa, garantiu direitos
históricos, como o Saúde Caixa, o qual conseguimos evitar a aplicação do
teto de 6,5% no ano de 2021, em continuidade à nossa estratégia de 2018
que evitou que o mesmo ocorresse em 2020. Além disso, ainda
discutiremos melhorias no Saúde Caixa e a sua sustentabilidade em um
grupo de trabalho específico. Em relação à PLR Social, é lamentável que o
Pedro Guimarães tenha colocado um teto de três remunerações básicas na
PLR como condição para manter esta conquista histórica dos empregados.
Ao longo das negociações, a direção da Caixa mostrou indisposição em
reconhecer a luta dos trabalhadores, que no dia a dia estão nas
agências, nas áreas meio, no enfrentamento à pandemia”, enfatizou o
dirigente.
“Diante disto e das ameaças privatistas dos vendilhões
de tudo o que é público que hoje ocupam o governo, continuaremos em
defesa da valorização dos empregados e deste patrimônio de todos os
brasileiros que é a Caixa. Nossa luta continua principalmente contra a
MP 995, e ocorre em diversas frentes: na convocação da sociedade para a
luta; nas ruas e nas redes; na Justiça; e na atuação junto aos
parlamentares”, acrescentou Dionísio.