
Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Pernambuco marcaram presença no Dia Nacional de Luta contra a Reforma Administrativa, nesta quarta-feira (18/8). No Recife, a categoria se somou à luta dos servidores públicos das três esferas – Municipal, Estadual e Federal, em defesa de um serviço público de qualidade e contra as privatizações.
Na Capital pernambucana, a mobilização teve concentração no Parque 13 de Maio, às 15h, e os manifestantes saíram em passeata pela av. Conde da Boa Vista até a sede dos Correios, na av. Guararapes.
“Estamos nas ruas contra essa reforma, que tenta acabar com o que é público e criar categorias inferiores de trabalhadores, sem direito social algum, colocando a dignidade do trabalhador na lata do lixo. Nós não podemos aceitar o ataque aos servidores públicos e a privatização dos Correios, dos bancos públicos e a destruição da Educação”, aponta o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.
Entre os pontos mais polêmicos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, os trabalhadores denunciam o ataque à estabilidade dos servidores públicos. A PEC prevê ainda outras mudanças duramente criticadas pelo funcionalismo, como é o caso da proibição de adicionais por tempo de serviço, licenças-prêmio e outras licenças, exceto quando se trata de capacitação do servidor e diminuição de jornada sem redução de salário.
O presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, destacou que “é importante lutar, defender e resistir. Queremos juntos construir um Brasil diferente, com pleno emprego e muitos direitos”.
A pauta proposta pelo governo Bolsonaro tramita atualmente na Câmara dos Deputados como Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020 e pode ser votada até o final deste mês na comissão especial que discute o tema. A PEC 32 teve a admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em maio deste ano. Foi a primeira votação do percurso legislativo da proposta na Câmara. Caso receba aval da comissão especial que analisa o texto, a PEC seguirá para avaliação do plenário da Casa.