O Sindicato dos bancários de Pernambuco, em ação nacional convocada pela Contraf-CUT, realizou um Dia Nacional de Luta contra a prática de terceirizações promovidas pelo banco, que tem aberto empresas para realocar bancários dentro de seu próprio grupo econômico. Os dirigentes da entidade dialogaram com bancários e clientes em agências localizadas no Centro e Zona Sul do Recife.
Apesar de obter lucros astronômicos de mais de R$ 12 bilhões, o Santander intensificou a cobrança de metas e a redução de direitos e remuneração dos trabalhadores. “As empresas criadas pelo próprio grupo Santander atuam nas áreas de tecnologia da informação, call center e comercial, transformando bancários em trabalhadores terceirizados, com o mesmo trabalho, salários menores e menos direitos”, explica a dirigente da Fetrafi-NE e membro da COE Santander, Tereza Souza.
A representação dos trabalhadores encaminhou uma carta ao Santander expondo a situação e, mais uma vez, solicitando negociação. O banco protela a resposta. “O movimento sindical está buscando a negociação, mas, se o banco insistir na retirada de direitos precisaremos intensificar nossas ações. A realocação dos bancários nestas empresas, inclusive, causa interferência na organização sindical dos trabalhadores”, ressalta o presidente do Sindicato, Fabiano Moura ao destacar que esses trabalhadores deixam de ser representados pelo sindicato dos bancários e ficam descobertos dos direitos conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho, como ticket refeição e alimentação, PLR, entre outros.
“Diante dessa terceirização fraudulenta, na qual o banco sai ganhando e o trabalhador perdendo, reivindicamos que os trabalhadores da First, Prospera e SX Negócios permaneçam representados pelo Sindicato, com todos os direitos da CCT dos bancários”, conclui a secretária de Bancos Privados, Dileã Raposo.
