Sindicato e Contraf conquistam volta do home office para grupo de risco no BB

Após cobranças contundentes da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), os trabalhadores do BB que estão no grupo de risco ou com mais de 60 anos conquistaram o retorno ao home office. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco participou das negociações e esclarece como os bancários poderão solicitar o home office.
“Todos aqueles que se enquadrarem em algum dos casos listados deverão encaminhar ao pareceres médicos e exames, por meio de endereço eletrônico, aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt). Enquanto o banco não se manifestar sobre o enquadramento nas condições clínicas, o funcionário permanecerá em trabalho remoto”, explica a representante de Pernambuco na CEBB, Sandra Trajano.
Poderão solicitar o direito, os funcionários que apresentam condições clínicas de risco para complicações da Covid-19 terão a opção de trabalhar de forma remota, mediante declaração e comprovação que se enquadram em alguns dos seguintes casos: Cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada); Neuropatias graves ou descompensadas (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC); Imunodepressão; Doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); Diabetes, conforme juízo clínico; Gestações de alto risco; e os funcionários com 60 anos ou mais também terão a opção de trabalhar de forma remota.
“É uma grande vitória do movimento sindical. No último trimestre de 2021, por decisão unilateral, o Banco do Brasil retomou o trabalho presencial com 100% dos funcionários. Houve um pequeno avanço em dezembro, mas nosso pedido ainda não tinha sido contemplada. Então, continuamos defendendo a retomada do trabalho remoto para todos enquadrados no grupo de risco. Agora, temos o resultado esperado, fruta da nossa luta”, relata o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
Caso o Sesmt conclua que o funcionário não possui condições clínicas para o desenvolvimento de complicações de Covid-19, ele automaticamente retornará ao trabalho presencial. Entretanto, os funcionários que queiram questionar a decisão do Sesmt podem procurar o Sindicato, que entrará em contato com o BB para buscar resolver por meio de negociação.
HISTÓRICO DA LUTA
No dia 8 de dezembro, em mesa de negociação, os trabalhadores obtiveram um pequeno avanço, com a manutenção do home office para grávidas, imunossuprimidos (indivíduos que possuem uma condição de saúde que faz com que seus corpos respondam menos a qualquer tipo de vacina), pessoas em tratamento contra o câncer e com deficiência auditiva. Também permaneceram em home office as pessoas que não se vacinaram por indicação médica.
No dia 27 de janeiro, trabalhadores do BB em todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta para exigir do banco respeito à saúde dos trabalhadores e clientes. No dia seguinte, a CEBB ainda se reuniu com o banco, quando cobrou a rápida implementação de medidas de proteção à saúde, entre elas o teletrabalho para locais de grande aglomeração e para todos dos grupos de risco.
O BB sinalizou a possibilidade de retomar as negociações sobre o teletrabalho institucional, cujas premissas já foram contempladas em acordo específico assinado entre o BB e a Contraf-CUT. Reunião está agendada para a próxima quinta-feira (3).

 

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