Diagnosticado com Covid-19 em março de 2021, com necessidade de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o bancário João Adolfo foi demitido pelo Bradesco apenas quatro meses depois, sob alegação de “baixa de rendimento”. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco ingressou com ação na Justiça contra a demissão arbitrária e conquistou a reintegração nesta semana, no dia 2 de março.
Com laudos reconhecidos pelo INSS, comprovou-se tanto as complicações causadas pela Covid-19 quanto outras doenças do trabalho, como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) / Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). Desta forma, fruto da ação conjunta da secretaria de Saúde e de Assuntos Jurídicos do Sindicato, através do escritório Galindo, Falcão & Gomes Advogados, a entidade garantiu essa importante vitória.
“Desde o início da pandemia, os bancários de bancos públicos e privados não pararam de trabalhar e, apesar do acordo de não demissão dos trabalhadores durante a crise sanitária, os bancos desrespeitaram o negociado. Uma demissão como a do colega João Adolfo chega a ser desumana, mas saímos vitoriosos”, comenta o secretário de Assuntos Jurídicos, Flávio Coelho.
Nesta sexta-feira (4), Flávio Coelho e a dirigente sindical Veruska Ramos estiveram no Bradesco da Conselheiro Aguiar, no bairro de Boa Viagem, para verificar a situação do bancário João Adolfo Ferreira após o retorno ao trabalho.
“O Sindicato dos Bancários foi primordial para minha reintegração, fornecendo todas as orientações necessárias e acompanhando tudo de perto. Com esse apoio, consegui comprovar a gravidade da situação. Tudo ocorreu da melhor forma, finalizando com a justiça sendo feita”, destaca João Adolfo.