Em respeito a Lei Complementar n° 64/1990, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou o procedimento de desincompatibilização da então secretária de Finanças, Suzi Rodrigues, que está pré-candidata a Deputada Estadual (PT-PE). Ocupantes de uma série de cargos e funções, que vão desde funcionários públicos a militares e dirigentes, que pretendem disputar uma vaga nas Eleições Gerais de 2022 devem cumprir o prazo para se tornar elegível perante a Justiça Eleitoral.
Com histórico de luta em defesa dos bancários e de toda a classe trabalhadora, Suzi Rodrigues atua como dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco desde a retomada da entidade para o campo democrático e de luta, no início da década de 1990.
Na entidade, ocupou os cargos de Secretária da Mulher, de Formação, Geral e de Finanças. Em 2015, foi eleita a primeira presidenta negra e funcionária de banco privado, ocupando o cargo por dois mandatos consecutivos. Atualmente, atuava como secretária de Finanças da entidade e coordenadora do projeto Sindicato Solidário.
“Suzi Rodrigues é uma liderança histórica e comprometida com a nossa categoria, que agora está licenciada para apresentar um projeto político nas eleições 2022. Consideramos que a sua pré-candidatura a deputada Estadual é legítima, pois a classe trabalhadora também tem o direito de apresentar suas propostas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para isso, ela está descompatibilizada do seu cargo enquanto dirigente sindical”, afirma o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
Entre as ações em defesa da categoria bancária, Suzi Rodrigues tem sua trajetória marcada pela Coordenação do Projeto de Combate ao Assédio Moral, financiado pelo Fundo de Igualdade de Gênero Canadense, que traçou uma radiografia sobre a incidência do assédio moral no trabalho, identificando o nível de humilhação e de constrangimento a que bancários e bancárias são vítimas.
Além disso, Suzi Rodrigues também é lembrada pela conquista do acordo por dois anos para os bancários e a forte resistência na Greve Bancária de 2016, quando os bancários paralisaram suas atividades por mais de 30 dias, e a então presidenta da entidade foi ameaçada de prisão por causa da mobilização em defesa dos direitos da categoria.