Neste Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+, 28 de junho, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco reforça as reivindicações da categoria bancária na luta por igualdade de oportunidades e tratamento nos bancos. A manutenção dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho e avanços para a população LGBTQIA+ estão presentes na Campanha Nacional dos Bancários 2022.
Para a secretária da Mulher do Sindicato, Alzira Cavalcanti, a data é importante para a reflexão sobre o respeito à diversidade e o combate a toda forma de discriminação. “Uma das nossas prioridades é assegurar a isonomia de tratamento para casais homoafetivos. Queremos que os bancos se comprometam com a adoção de mecanismos que coíbam qualquer tipo de retaliação aos bancários e às bancárias que encaminharem pedido dos direitos civis. Essa importante conquista deve ser ratificada mais uma vez na nossa CCT, garantindo que as vantagens legais, convencionais ou contratuais se apliquem para casos de união civil decorrente de relacionamento homoafetivo”, destaca Alzira.
Diversas cláusulas da CCT dos bancários buscam combater à LGBTfobia, que é a discriminação, aversão, ódio ou ato de agressão, por iniciativa individual ou coletiva, baseada na crença preconceituosa da inferioridade das pessoas LGBTQIA+ em relação à chamada heteronormatividade, ou a forma de pensar que marginaliza os relacionamentos afetivos que não sejam heterossexuais.
No Brasil, a LGBTfobia foi responsável por 316 mortes em 2021, segundo Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+, preparado pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+. O número mostra um crescimento de 33% desse tipo de crime no período de um ano no país e deve-se considerar a subnotificação. Entre os canais de denúncia, o disque 100, do Governo Federal, pode ser acionado. “Neste ano temos eleições gerais no Brasil e é fundamental elegermos representantes que tenham compromisso com o combate à LGBTFobia e com a promoção da equidade”, afirma o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
Para o mundo do trabalho, uma das reivindicações dos bancários é para que as empresas não admitam distinções de qualquer natureza no que se refere à raça, cor, gênero, idade e orientação sexual (LGBTQIA+), incluindo em seus programas de integração para novos trabalhadores(as) a capacitação para promoção de um ambiente livre de práticas discriminatórias.
O dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, secretário de Juventude da Fetrafi-NE e militante LGBT, Geraldo Times, aponta que a luta por igualdade de oportunidades é permanente para a população LGBTQIA+. “Buscamos o compromisso dos bancos com novas contratações que observem a diversidade presente na categoria bancária e na sociedade de um modo geral, com igualdade de oportunidades no processo de seleção, nas promoções, no preenchimento dos cargos, além de igualdade salarial a todo trabalho de igual valor”, afirma Geraldo Times.
O Sindicato lembra que os bancos tem o dever de apurar os casos de discriminação ocorridos no seu âmbito e também os praticados contra seus empregados no cumprimento de suas atividades, sempre que a eles forem denunciados pelo funcionário, ou pela entidade sindical, para o setor de Gestão das Relações Sindicais e do Trabalho. Além disso, devem realizar um censo com os funcionários sobre diversidade, fornecendo aos sindicatos acesso às informações.