Representantes do Sindicato dos Bancários de Pernambuco
estiveram reunidos com a Superintendência do Banco do Nordeste, na primeira
quinzena de janeiro, para tratar sobre o planejamento do banco para 2023.
De acordo com o superintendente estadual, Pedro Ermírio, com
o novo governo, o Banco do Nordeste manterá o perfil de ser um banco voltado ao
desenvolvimento regional, com foco na concessão de microcrédito, crédito rural
e crédito para micro e pequenas empresas. “Ficamos satisfeitos em confirmar
que o Banco do Nordeste tem o objetivo de se fortalecer enquanto um banco de
desenvolvimento, que é fundamental para reduzir as diferenças inter regionais.
Sem dúvidas, terá um papel muito importante neste processo de reconstrução do
Brasil”, avalia o suplente da secretaria de Bancos Públicos e funcionário
do Banco do Nordeste, Fernando Batata.
Na ocasião do encontro institucional, uma das pautas
debatidas com preocupação, tanto por parte do Sindicato quanto por parte da
Superintendência do Banco do Nordeste, foi a proposta de liberação do acesso de
governadores ao Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), que vem sendo defendida
pelo governador da Paraíba e presidente do consórcio de governadores do
Nordeste, João Azevêdo (PSB).
Atualmente, o Banco do Nordeste, responsável pela
administração do FNE, elabora e submete ao governo federal e à Sudene proposta
de aplicação de recursos. A proposta é de que 30% do fundo esteja disponível
aos estados para que possam financiar projetos de infraestrutura.
A pauta foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e está em avaliação no Ministério da Fazenda. “Mais de R$ 34 bilhões
devem ser investidos pelo fundo em 2023. Nossa preocupação é que se houver a
retirada de parte deste recurso da administração do Banco do Nordeste, o nosso
banco de desenvolvimento regional terá sua atuação enfraquecida, prejudicando,
sobremaneira, a execução de políticas públicas”, critica o presidente em
exercício do Sindicato, Alan Patrício.
