Mudanças no Teletrabalho são apresentadas pelo Banco do Brasil durante mesa de negociação

Com o tema Teletrabalho Remoto Institucional (TRI), o Banco
do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) realizaram, nesta
segunda-feira (13), a primeira mesa de negociação sob a nova gestão do BB, que
tem como presidenta Tarciana Medeiros.

 

A representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano, destaca
a resistência dos funcionários do Banco do Brasil diante retrocesso dos últimos
anos.

 

“Estávamos passando por momentos de insegurança. Agora, com
essa nova gestão, esperamos que o diálogo seja cada vez mais aberto e com
perspectiva de mudanças. Apesar de trabalharmos com uma perspectiva de
inovações, há possibilidade de não avançarmos tão rapidamente quanto a gente
espera, pois ainda existe planejamento do governo anterior. Porém, estaremos de
prontidão para cobrar tudo que for apresentado em mesa de negociação. Nossas
pautas sobre teletrabalho já foram acolhidas pelo banco, já sinalizando nova
data para o diálogo”, comenta Sandra.

 

A pauta entregue ao Banco do Brasil aponta, entre outras
demandas, a necessidade de aumentar o público que pode acessar o teletrabalho e
as áreas habilitadas, com estrutura para que o funcionário possa realizar suas
atividades de casa.

 

 Na mesa anterior sobre teletrabalho, que ocorreu em novembro
passado, os porta-vozes do banco afirmaram que, até aquele momento, somente
9.849 funcionários estavam exercendo a modalidade do trabalho remoto.

 

 No encontro desta segunda-feira (13), o banco informou que,
atualmente, cerca de 14 mil funcionários estão com acordos assinados para
exercer o teletrabalho. Fernando Lopes, representante da Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, destaca que funcionários
das Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), de Serviço de
Atendimento ao Cliente (SAC), dos cargos de gerência e de escritórios também
podem ser submetidos ao trabalho home office.

 

 Pelas regras vigentes, o TRI pode ser exercido em apenas
dois dias por semana, ou seja, menos de 50% dos dias úteis, o que impede o
direito de receber a ajuda de custo conquistada no novo Acordo Coletivo de
Trabalho. Além disso, cada departamento pode ter, ao dia, ausência de, no
máximo, 30% dos seus trabalhadores em home office, considerando ausências
físicas programadas, como férias e abonos.

 

 O próximo passo indicado pelo banco será a apresentação de
um plano para consolidar os pedidos do movimento sindical que, como regra, será
encaminhado ao Conselho Diretor (CD) para aprovação das medidas.

Resultados:

  • Aumenta de 30% para 50% o contingente de funcionários para o teletrabalho nas áreas com processos elegíveis (direção-geral e apoio), desta vez, sem considerar as ausências programadas e não programadas. Ou seja, quaisquer ausências, faltas, licenças e abonos não serão mais consideradas para o cômputo do percentual de pessoas em home office;
  • Os administradores e as gerências de equipes serão contemplados para o teletrabalho em até um dia da semana para participação no programa;
  • Haverá estudo e projeto-piloto para avaliação de trabalho remoto fora da praça de dependência, bem como a ampliação da jornada semanal de dois dias por semana em teletrabalho para mais de três dias por semana, considerando a ajuda de custo assegurada em acordo coletivo;
  • Também será implantado projeto-piloto para implementação do home-office/teletrabalho nas áreas que, até o presente momento, não haviam sido contempladas, como SAC, CRBB, Escritórios Digitais, Private, Corporate, Superintendências, etc;
  • Compromisso do banco em assegurar prioritariamente no teletrabalho pais com crianças até quatro anos, gestantes e lactantes e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação vigente;
  • Avaliação do programa pelos próximos seis meses.

    O banco foi enfático ao afirmar que não deverão ser adotados critérios em relação às metas para que o teletrabalho seja assegurado ao funcionário, a fim de evitar uma nova ferramenta que resulte em dupla punição, distorções e práticas de assédio. Isto porque, ainda segundo a empresa, já existem ferramentas próprias e adequadas para monitorar os resultados dos funcionários, os quais refletem na remuneração variável e na ascensão do funcionalismo.

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