Seminário sobre Saúde Caixa aponta para luta contra teto estatutário de 6,5%

Com representação de empregados da Caixa Econômica de todo o país, inclusive de Pernambuco, o Seminário Nacional sobre o Saúde Caixa foi realizado no sábado (22), para debater os problemas e buscar soluções para o plano de saúde da categoria. As propostas aprovadas nos seminários regionais serão consolidadas para as negociações da renovação do Acordo Coletivo específico sobre o Saúde Caixa, que deve ocorrer em agosto.
 
Uma das principais conquistas dos trabalhadores da Caixa, o plano de saúde sofreu sucessivos ataques desde 2016. “Nosso foco é a manutenção do modelo de custeio 70/30 e a qualidade do plano. Queremos ter um plano com boa rede credenciada, nas capitais e no Interior, e que seja sustentável e viável para os trabalhadores e trabalhadoras”, afirma a secretária Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e representante do Nordeste na CEE/Caixa, Cândida Fernandes.
O Saúde Caixa foi criado tendo como base os princípios da solidariedade, do pacto intergeracional e do mutualismo. Estes princípios garantem que cada empregado pague de acordo com sua capacidade contributiva, que nenhum deles seja excluído devido sua idade, tendo sido criado um subsídio cruzado entre as faixas etárias, para que todos contribuam para o mútuo, garantindo o acesso aos serviços de saúde a todos que necessitarem.
“Outro ponto que estamos aprofundando o debate é o teto de 6,5% da folha de pagamento para investimentos da Caixa com o plano de saúde dos empregados. Entendemos que essa limitação implantada em 2017, impede a manutenção do modelo de custeio e as premissas de mutualismo, solidariedade e pacto intergeracional”, aponta Cândida.
Em reunião do Grupo de Trabalho Paritário que debate o Saúde Caixa, o banco apresentou dados que demonstram que a manutenção do teto estatutário de 6,5% da folha para o custeio do Saúde Caixa tornará o plano financeiramente inviável para os empregados.
A projeção atuarial do banco prevê um déficit de R$ 355 milhões de reais. Com isso as projeções da empresa apontam para um aumento nas mensalidades dos titulares, que passariam para 6,46% em 2024 e 7,25% em 2025, e dos dependentes para 0,74% e 0,83%, respectivamente, caso a restrição seja mantida.
Segundo dados apresentados pela Caixa, o formato de custeio apresenta déficit desde 2016 e tem projeção de agravo em 2023. Atualmente, por conta da limitação imposta no estatuto, o banco arca com 57% dos custos do Saúde Caixa, com tendência de redução desse percentual.   
“O Seminário apontou para a necessidade de ampliação da mobilização, com a realização de atividades, reuniões nos locais de trabalho e mais debates para envolver cada vez mais os empregados na luta pela melhoria da qualidade do plano e contra o teto estatutário de 6,5%”, conclui a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Adriana Correia, que também participou do encontro.

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