
Sem avanços na negociação com os empresários da URBANA-PE, após mais de 1 mês e meio da data de entrega da pauta de reivindicações dos trabalhadores, a categoria rodoviária inciou uma greve no Recife e Região Metropolitana no último dia 26 de julho. Os metroviários também realizam uma paralisação de 48 horas, como forma de protesto pela melhoria do transporte no Grande Recife e pela valorização dos profissionais do metrô. O legítimo movimento paredista recebe apoio irrestrito do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, que reconhece a luta dos rodoviários e metroviários pela valorização dessas categorias essenciais para a sociedade.
“Nos solidarizamos à luta dos rodoviários e metroviários, que enfrentam a intransigência dos patrões e, muitas vezes, são pressionados pela falta de compreensão da população que é afetada pela paralisação desses serviços. Mas, tamanho impacto só reforça a importância dessas categorias para o bom funcionamento da sociedade e que, sem dúvidas, ambas merecem condições dignas de trabalho e valorização. Além disso, a defesa da não privatização do metrô do Recife também é uma luta coletiva e recebe nosso apoio”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura, que esteve em ato com o secretário de relações intersindicais do Sindicato, Paulo Henrique, e os presidentes do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, e do Sindmetro-PE, Luiz Soares.
A responsabilidade dos transtornos decorrentes da greve dos rodoviários é dos empresários do transporte, que seguem mantendo uma postura intransigente na mesa de negociação. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, o Governo do Estado também foi convidado a participar das negociações, mas se ausentou da tratativa. A categoria luta pelo reajuste de 5%, vale-alimentação de R$ 500 e gratificação pela dupla função de motorista e cobrador no valor de R$ 200.
No caso dos metroviários, entre as reivindicações presentes no Acordo Coletivo de Trabalho, estão reajuste do piso salarial para R$ 2.725, cláusulas garantindo a estabilidade dos empregos e realocação dos funcionários para outro órgão, caso o Metrô do Recife seja privatizado e a retirada da CBTU, pelo governo federal, do Programa Nacional de Desestatização (PND).