Funcionários do BNB retomam mesa de negociação permanente com o Banco

As reuniões da mesa de negociação permanente entre a Contraf-CUT,
assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), e a
direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) foram retomadas no dia 29/1, na
sede administrativa do Passaré, em Fortaleza (CE).

“Tivemos uma reunião positiva, o banco trouxe retornos sobre
demandas dos funcionários, como a questão da pesquisa sobre fornecedoras dos
Auxílios Alimentação/Refeição e percepção do Convergente. Com relação ao PCR,
está tramitando internamente, mas não é a prioridade do banco neste momento,
pois os esforços estão voltados a melhoria do Plano BD da CAPEF e o estudo para
um novo PID”, afirma Fernando Batata, dirigente do Sindicato dos Bancários de
Pernambuco e membro da CNFBNB.

A Comissão Nacional solicitou que o Banco avalie novas
formas de pagamento do vale transporte em localidades onde não for possível a
comprovação da compra de passagens interurbanas, pelo fato de, em alguns
municípios, essa modalidade de transporte estar sendo dominada por cooperativas
que não emitem os bilhetes oficiais exigidos pelo Banco para fazer o reembolso
ao funcionário ou a compra antecipada das passagens.   O Banco
ficou de avaliar.

Em relação a rumores de redução no quantitativo de Caixas
Executivos, o Banco informou que a única medida a ser implementada em curto
prazo será a conversão de 20 vagas não preenchidas para a função, em novas
vagas para a função de Auxiliar de Negócios. A CNFBNB reforçou a sugestão de
criação da função de Auxiliar Administrativo para resolver dois problemas
simultaneamente: manter a remuneração de quem deixar de ser Caixa quando houver
redução destes profissionais, no futuro, e dar um suporte ao Gestores responsáveis
pela área administrativa ou que acumulam as áreas administrativa e operacional.

Na reunião, foi solicitado o fim da exigência de uma
avaliação 360 para a participação de funcionários recém-contratados em
concorrências para as funções de Caixa Executivo e Auxiliar de Negócios.

 

“As normas internas permitem a inscrição de novos
funcionários em concorrências para estas funções logo após os três primeiros
meses de experiência, porém, a exigência da avaliação pode inviabilizar a
inscrição, já que tal avaliação só ocorre em períodos específicos do ano, que
na maioria das vezes não coincide com o final do estágio probatório”, explicou
Robson Araújo, coordenador da CNFBNB. O Banco se comprometeu a estudar uma
solução para o problema.

Reclassificação das agências

O tema tem sido regularmente abordado pela CNFBNB nas mesas
de negociação, pois é uma questão que preocupa o funcionalismo. “A política
atual do Banco, que valoriza excessivamente a variável ‘Mercado’, que por sua
vez não depende do desempenho das agências, desmotiva os funcionários, pois
estes sabem que independentemente do desempenho de sua agência, se o ‘Mercado’
onde ela atua for decadente, a agência será reclassificada para baixo e os
funcionários terão queda em suas remunerações”, destacou o coordenador da
CNFBNB, Robson Araújo.

O diretor de Negócios do Banco, Luiz Abel, esclareceu que o
peso do mercado na avaliação das agências já foi reduzido de 40% para 30% e que
para evitar perdas de remuneração de funcionários de agências com bons
resultados, em anos anteriores não houve reduções no diferencial de mercado dos
funcionários de agências que ficaram entre as 3 primeiras colocadas (top 3)
mesmo que fossem reclassificadas para baixo por causa do mercado, e que não há
problemas em repetir essa política. O Banco reconhece que o mercado tem
impactos que independem dos resultados da agência e informou que está buscando
melhorias no programa, mas ainda não tem um estudo finalizado. A Comissão
cobrou celeridade nesse processo.

Avaliação das carteiras rurais

A Comissão Nacional insistiu que há distorções na
metodologia que precisam ser revistas com urgência. Hoje, a carteira é avaliada
pelos seus resultados, somados aos resultados do programa AgroMais, que é
operacionalizado exclusivamente pelo AgroAmigo, sem nenhuma responsabilidade
dos gestores das carteiras rurais. Quando o Agroamigo, por qualquer motivo, não
atingir sua meta de contratações pelo AgroMais, as carteiras rurais podem ser
mal avaliadas, mesmo que suas metas sejam até ultrapassadas. Isso prejudica os
gerentes das carteiras, e pode até acarretar descomissionamento, em caso de
duas avaliações negativas. O Banco informou que os gestores não terão nenhum
prejuízo se a causa do mau desempenho em 2024 for provocada por problemas nas
contratações do AgroMais.

Pesquisas sobre fornecedoras dos Auxílios
Alimentação/Refeição e percepção do Convergente

O Banco informou que a Pluxee (Sodexo) foi a única empresa
que obteve os votos de mais de 15% do funcionalismo. Logo, continuará sendo a
única contratada pelo Banco para esta finalidade. Quanto à percepção do
Convergente, devido ao grande número de participantes, que resulta em grande
número de avaliações qualitativas, o Banco precisará de mais tempo para avaliar
e sistematizar os resultados. A apresentação dos resultados e debate com a
Comissão Nacional deve ocorrer na próxima rodada de negociação.

Grupos focais

O Banco informou que houve grande adesão dos funcionários
aos grupos focais sobre questões de gênero e de raça/cor. Informou também que
está trabalhando na contratação de especialistas que irão coordenar tais grupos
e que, quando estes primeiros grupos estiverem caminhando bem, serão abertas as
inscrições para os grupos focais sobre PCD/neurodivergentes e sobre mulheres.

 

Períodos de asseguramento de comissões

A Comissão Nacional informou que é discriminatória a norma
interna do Banco que trata asseguramentos de comissões, por criar castas de
funcionários ao garantir a continuidade do recebimento dos valores das
comissões, após a perda das mesmas, por períodos diferentes (de 3 meses a 1
ano), dependendo da posição hierárquica (quanto maior a hierarquia maior o
período de asseguramento), e sem asseguramento nenhum para funções
hierarquicamente inferiores a Gerentes Gerais. A CNFBNB cobra que esse período
seja isonômico para todos (de um ano para todas as funções). O Banco ficou de
avaliar.

PLR

A Comissão reconhece e agradece o empenho de todos do Banco
pela conquista da PLR, que durante a campanha nacional 2024 teve percentual
ampliado de 25% para 48% do montante distribuído aos acionistas. Além disso, o
BNB foi o primeiro a pagar a antecipação no ano passado. A CNFBNB pediu um
esforço do Banco para que também seja o primeiro a quitar a PLR em 2025. “Assim
completaremos uma virada de 180º na questão da PLR, que deixa de ser a menor e
última a ser paga, para ser uma das melhores e primeira a ser paga”, comemorou
Robson Araújo. “Essa foi uma das mais importantes conquistas dos funcionários
do BNB em 2024, mas vamos continuar lutando por novos avanços em 2025, na mesa
de negociação permanente”, afirmou a diretora do Sindicato do Ceará, Carmen
Araújo.

O Banco esclareceu que os resultados do Banco, do exercício
2025, ainda não foram publicados e que o pagamento aos funcionários só pode ser
feito após o pagamento dos dividendos aos acionistas, mas ficou de avaliar a
questão.

Próxima rodada

A próxima rodada de negociação da mesa permanente deve
acontecer no dia 12/3, às 14h, na sede administrativa do Banco, no Passaré, em
Fortaleza.

 

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