BNB: negociação abordou sistema Convergente e impactos da forma da cobrança de metas

Na última quarta-feira, dia 2 de abril, a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB) esteve reunida com a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para mais uma rodada da mesa permanente de negociação. Entre os pontos tratados, o sistema Convergente foi o principal destaque. O próximo encontro será no dia 7 de maio, na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza.
O Banco iniciou a reunião informando que um total de 411 novos funcionários foram contratados a partir do concurso vigente. A cerimônia de posse dos últimos convocados ocorrerá no próximo dia 7/4. A CNFBNB cobrou novamente o empenho do Banco em realizar novo concurso, dessa vez para áreas técnicas, inclusive de nível superior. Diante do pedido, o banco informou que só haverá novas convocações do concurso vigente após os desligamentos voluntários pelo novo PDV, garantindo a convocação do mesmo número de funcionários que aderirem ao PDV.
Com relação ao Promova-se, o Banco informou que o novo modelo está em vigor desde o dia 31/3 com uma nova pontuação para mulheres que tiraram licença maternidade. “Agora, utiliza-se o período em que esta teve melhor desempenho como critério para avaliação durante o período da licença”, explica o dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, membro da CNFBNB, Fernando Batata.
Sobre os grupos focais de gênero, raça/cor, PCD e mulher, outra conquista dos funcionários do Banco do Nordeste na Campanha Nacional dos Bancários de 2024, o Banco informou que em breve será concluído e divulgado o calendário de funcionamento dos mesmos.
A Comissão solicitou ainda a criação de um grupo de trabalho para debater o plano de funções, a exemplo do que aconteceu com o Plano de Cargos e Remuneração (PCR).
“Nesta mesa de negociação, o Banco do Nordeste apresentou os resultados da pesquisa de Percepção do Convergente, que apontou vários problemas que afetam diretamente o bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho. A partir disso, vamos trazer propostas concretas para aperfeiçoar o sistema, no sentido de combater o adoecimento mental dos trabalhadores pelas pressões excessivas para atingimento de metas”, ressalta Fernando Batata.
Com base na pesquisa sobre o Convergente, acatando reivindicação da Comissão Nacional, a direção do BNB informou que já está implementando algumas medidas, como: aumento da comunicação institucional durante o período de execução do ciclo; mensagens específicas sobre feedback; contato individual com as unidades com pendências de avaliação. Em breve, o Banco implementará também treinamento com os gestores com o tema “comunicação eficaz e feedback”, além da revisão e melhoria do processo de avaliação de desempenho com base nos dados. O Banco esclareceu ainda que o objetivo é que programa funcione apenas através do MeuRH e que novos encaminhamentos visando a melhoria do programa serão comunicados à Comissão Nacional.
A CNFBNB cobrou também que o curso sobre feedback seja disponibilizado para todos os funcionários, e não somente para gestores, visto que o funcionalismo está sempre em encarreiramento e funcionários que hoje não são gestores podem, num futuro próximo, virem a ser.
A Comissão Nacional solicitou ainda dados sobre afastamentos dos funcionários e funcionárias do BNB por problemas de saúde. O Banco se comprometeu a convidar a CNFBNB para evento que tratará especificamente deste tema no novo cenário imposto pela nova Norma Regulamentadora nº 01 do Ministério do Trabalho, que ocorrerá em breve.
Plano BD da Capef
A Comissão Nacional cobrou a direção do Banco sobre uma resolução do plano BD da Capef. O Banco informou que está analisando uma contraproposta para apresentar à Capef e aos associados, ressaltando que esta é uma questão complexa e que precisa de aporte por parte do próprio banco, já que as instâncias governamentais informaram que não haverá aporte externo. Qualquer novidade, as entidades sindicais serão informadas.
Técnicos de campo
A representação dos trabalhadores abordou uma preocupação dos técnicos de campo em relação à privacidade com a aquisição de novos equipamentos pelo Banco que podem ser monitorados por GPS. O Banco informou que se trata apenas da compra de um software de uma empresa externa, visando um novo modelo de gestão que aperfeiçoe o trabalho desses funcionários otimizando suas rotas. Informou também que o monitoramento será realizado exclusivamente pelo Banco e que o uso do sistema deve ser expandido para outros funcionários que também realizam trabalhos externos.

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