
Foto: Ricardo Prado / Divulgação
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco e a Fetrafi-NE estiveram presentes no “Brasil Nordeste – 1° Festival Nordestino de Economia Popular e Solidária”, ocorrido entre os dias 07 e 11 de maio, em Salvador (BA). Os dirigentes de Pernambuco, Jorge Ferreira e Tereza Souza, participaram do evento, que teve por objetivo discutir os avanços e principais desafios da economia solidária na região NE, visando o fortalecimento de políticas públicas na Região.
O Festival foi criado por iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e do Desenvolvimento Econômico (SDE), e apoios do Instituto Federal da Bahia (IFBA), do Centro Público de Economia Solidária da Bahia (CESOL), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com realização do Consórcio Nordeste, Ministério do Empreendedorismo e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Ministério da Cultura do Governo Federal.

Com uma programação intensa, com painéis, oficinas, seminários, rodas de conversas, experiências coletivas, diálogos e muita troca de experiência, além de várias apresentações culturais e shows de artistas populares, o Festival debateu temas como comercialização, inovação e tecnologia social, moeda social, incubadoras tecnológicas, cooperativismo, redes de cooperação, finanças solidárias e transformação ecológica. Além de comunicação e mídias digitais, geração de renda, resíduos sólidos, agricultura familiar, autogestão, sustentabilidade ambiental, ancestralidade e resistência da luta feminista e antirracista, dentre outros.
“Entre os objetivos também teve a construção do Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica, que será entregue ao Ministério da Fazenda na COP-30. Os participantes também aproveitaram a presença de representantes do poder público no evento para cobrar soluções para liberação do crédito para esse setor. Entendemos a economia solidária como estratégica para um desenvolvimento sustentável e coletivo para os trabalhadores. Foi uma experiência muito positiva e o movimento sindical deve estar próximo desses debates”, avalia Tereza Souza.
O crescimento da economia solidária no Brasil chama atenção: segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, cerca de 23 milhões de pessoas estão inseridas no setor — quase um quarto da força de trabalho nacional. A região Nordeste concentra mais de 40% dos empreendimentos cadastrados no CADSOL (Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários), consolidando-se como protagonista nessa transformação.
Em 2022, os bancos comunitários ligados à economia solidária movimentaram R$ 1,6 bilhão em transações financeiras. De 2018 a 2022, o setor contribuiu com R$ 3,9 bilhões ao PIB solidário do país, promovendo inclusão financeira e fortalecendo o comércio local em comunidades historicamente vulneráveis.
“O Festival de Economia Popular e Solidária foi um grande encontro de iniciativas que praticam e constroem a cooperação e a solidariedade na região Nordeste como um todo, revelando o grande potencial que ela representa na busca e edificação de políticas públicas para fortalecer esse movimento em busca de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Saímos, mais do que nunca, convictos e conscientes de que uma outra economia é possível”, concluiu Jorge Ferreira.