
Assista ao vídeo da declamação do Cordel “Orgulho de Ser e Existir LGBTQIAPN+ na Luta”, de autoria de Susana Morais, neste sábado no Instagram @bancariospe
Realidade cotidiana no Brasil, a LGBTQIA+fobia é uma problemática relevante na sociedade. Na categoria bancária, o combate ao preconceito e a luta por igualdade de oportunidades para pessoas LGBTQIA+ no mundo do trabalho vem sendo tema de debates e, com as intervenções em mesa de negociação, estão resultando em novas garantias para essa população, com previsão de direitos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
No mês de junho, período que celebra o orgulho, a igualdade e a existência da população LGBTQIA+, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco reafirma seu papel como ferramenta de luta pelo fim da LGBTQIA+fobia, buscando um ambiente de trabalho igualitário, digno e seguro para todas as pessoas.
Membro do Coletivo LGBTQIA+ dos Bancáries do Sindicato, Geraldo Times destaca: “Temos uma história de resistência em defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+ dentro e fora dos locais de trabalho e somos referência pela conquista na CCT de cláusulas sociais que garantem igualdade para casais homoafetivos, seja no plano de saúde, na ampliação das licenças maternidade e paternidade, nas licenças conjugais, entre outros, além do uso de nome social e de políticas para denúncia de violências. Mas, a desigualdade estrutural exige ações concretas para seguirmos avançando. Vale lembrar que as pessoas trans ainda são minoria no setor”, ressalta.
Cláusulas importantes trazem segurança para pessoas LGBTQIAPN+, como o respeito para transgêneros, tendo um ambiente de trabalho inclusivo, respeitoso e livre de preconceitos, incluindo um canal de apoio que pode ser acessado para questões relacionadas ao tema; e o uso do nome social assegurado pelo banco.
Atualmente, 77% das instituições informaram contar com trabalhadores trans em seus quadros, totalizando 233 pessoas. No entanto, o número pode ser maior, isso porque 20% dos bancos disseram não ter essa informação e 3% declararam não controlar esses dados.
A Fenaban informou ao Comando Nacional dos Bancários que, de acordo com o levantamento realizado com 35 bancos responsáveis por mais de 91% da categoria, 100% dos bancos que participaram da pesquisa já cumpriram a cláusula 108, que garante o uso do nome social em crachás e sistemas internos; 71%, a cláusula 104, de divulgação pública de manifesto de repúdio à discriminação contra pessoas LGBTQIA+; 69%, a cláusula 105, de apoio à igualdade de direitos; 91%, cláusula 106, que prevê ações de sensibilização e informação sobre diversidade sexual e de gênero; 86% dos bancos afirmaram que oferecem canais internos de acolhimento e combate à violência contra pessoas LGBTQIA+.
“A violência contra a população LGBTQIAPN+ ainda é latente no Brasil, que é o País que mais mata pessoas trans no mundo. É responsabilidade das empresas, no nosso caso do Ramo Financeiro, apresentar uma contrapartida social ao País, retirando discursos do papel e colocando em prática. Comemoramos os avanços, mas seguiremos na luta pela inclusão, permanência e a ascensão da população LGBTQIA+ no mercado de trabalho”, destaca a secretária geral do Sindicato, Chay Cândida.