A polícia britânica
confirmou, na manhã desta terça-feira (09), a morte de um jovem de
26 anos, baleado durante os confrontos de segunda-feira (08) à noite
em Croydon, subúrbio do sul de Londres.
Ele foi a primeira
vítima fatal da violência que explodiu na capital britânica há
três dias e se intensificou na madrugada desta terça-feira (09),
atingindo áreas no centro de Londres, além de outras cidades do
país.
Grupos de jovens mascarados destruíram lojas e
restaurantes e atearam fogo em carros, pontos de ônibus e até em
delegacias de Londres, Birmingham, Liverpool e Manchester. Incêndios
atingiram prédios em vários bairros da capital, inclusive na região
central. Autoridades isolaram diversas áreas e retiraram os
moradores dos locais mais ameaçados pelo fogo.
O estopim da
violência foi a morte de Mark Duggande, 29 anos, morto depois de ser
abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas
de fogo no bairro de Tottenham. Duggan era pai de quatro filhos e
popular na comunidade.
De acordo com a Polícia Metropolitana
de Londres (conhecida como Scotland Yard), nos últimos três dias
pelo menos 525 pessoas foram presas. Cerca de 1,7 mil policiais foram
convocados para reforçar o policiamento nas ruas.
O
primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o prefeito de Londres,
Boris Johnson, encurtaram as férias e voltaram rapidamente para o
país. Em pronunciamento, Cameron condenou os distúrbios e afirmou
que os responsáveis pelos ataques “vão sentir a força da
lei”. “Se vocês têm idade suficiente para cometer esses
crimes, têm idade suficiente para enfrentar as punições”,
disse Cameron.
Para combater a crise, o primeiro-ministro
anunciou uma série de medidas, entre elas a suspensão de férias e
folgas de policiais, o aumento do número de oficiais nas ruas de 6
mil para 16 mil e a reconvocação do Parlamento, que está em
recesso. Uma reunião extraordinária está marcada para quinta-feira
(11).
Cameron manifestou ainda sua “solidariedade”
com as pessoas inocentes cujas casas ficaram destruídas com os
ataques e porque “vivem com medo dessas terríveis cenas”
que veem nas ruas do país.
Segundo o portal Esquerda.net, os
jovens que organizam as ações prometem levar os protestos para
outras cidades. A comunicação entre eles tem se dado por meio do
aparelho smartphone da marca BlackBerry, que permite a troca gratuita
de mensagens de texto entre seus usuários e não deixa rastros.