A crítica da Contraf-CUT sobre a
decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em elevar
a taxa Selic em 0,25%, passando para 12,25% ao ano, repercutiu na
mídia em todo país. Para a entidade, o Copom perdeu uma chance de
reduzir os juros na reunião encerrada na quarta-feira 8, uma vez que
a decisão seguiu na contramão da direção apontada pelos
indicadores econômicos.
“Com o atual modelo de
definição das taxas de juros, em que o Banco Central ouve apenas o
mercado financeiro, a nova alta da taxa Selic já era de conhecimento
da sociedade desde o final de semana. Parece a crônica de uma morte
anunciada da obra de Gabriel Garcia Marquez”, afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Todos já conhecem o
final: essa transferência de renda concentra riqueza, freia o
desenvolvimento e empobrece a nação”, sustenta.
“O
BC precisa ter a coragem de enfrentar o sistema financeiro em vez de
se curvar aos seus interesses”, defende o dirigente sindical.
“Além das metas de inflação, o BC deveria fixar também metas
sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a
redução das desigualdades sociais do país. Para isso, é
fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a
contemplar a participação da sociedade civil organizada na
discussão dos rumos da economia”, destaca.
Confira
algumas das notícias veiculadas na mídia em todo país