Saída de presidente do Banco do Brasil pode sinalizar avanço da privatização

No último dia 24 de julho, o então presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, deixou o cargo, fortalecendo os rumores sobre a falta de agilidade para privatizar o banco, em dissonância com os objetivos do governo Federal. A venda dos bancos públicos, patrimônios fundamentais para os brasileiros e para o desenvolvimento do País, é uma pauta defendida constantemente pelo governo Bolsonaro e combatida pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Na avaliação da presidenta interina do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e funcionária do Banco do Brasil, Sandra Trajano, a saída de Rubem Novaes deixa incertezas sobre o futuro do banco.

“Será que Novaes não desempenhou o papel indicado por Bolsonaro no sentido de preparar o Banco do Brasil para ser privatizado? Fica, agora, a expectativa da entrada do próximo presidente. Será que ele vai ser melhor ou pior para o BB? Diante dos ataques sofridos pelos bancos públicos, o movimento sindical precisa redobrar a atenção e proteger esta instituição que tem mais de 200 anos, assim como estamos na luta pela Caixa 100% pública e pelo fortalecimento do Banco do Nordeste”, comenta Sandra.

Os planos de privatizar os bancos públicos fazem parte da lista de promessas de campanha do governo Bolsonaro. Mais recentemente, durante reunião ministerial realizada no dia 22 de abril deste ano, e que se tornou pública após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Paulo Guedes enfatizou que o BB estaria pronto para um programa de privatização.

Para substituir Rubem Novaes na presidência do Banco do Brasil, nomes como o do presidente do Conselho de Administração do BB, Hélio Magalhães, do vice-presidente de Negócios de Atacado, Walter Malieni, e do vice-presidente Corporativo do banco, Mauro Neto, aparecem como cogitados para o cargo.

“Com missão totalmente alinhada com o governo Federal, o nome de Pedro Guimarães, atual presidente da Caixa, também surge para fortalecer as inúmeras tentativas de privatizar os bancos públicos, já que Guimarães sempre deixou claro seu interesse em vender partes importantes da Caixa Econômica, enfraquecendo este rentável e importante banco para o Brasil”, ressalta a secretária de Bancos Públicos e empregada da Caixa, Cândida Fernandes.

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